A estrutura, construída estrategicamente sobre os arrecifes na foz do Rio Potengi, usando alvenaria de pedra, cal e óleo de baleia, não esconde a idade, mas a solidez e a envergadura da construção minimizam o avanço do tempo. De acordo com Pedro Abech, responsável pela administração do forte desde setembro de 2007, o local está muito bem conservado. “Os visitantes são unânimes em dizer isso, de que este é um dos melhores fortes no país, tanto em atrativos como na questão da conservação”. A manutenção é de responsabilidade da Fundação José Augusto (FJA), por meio do Centro de Documentação Eloy de Souza (Cedoc), órgão responsável pelos museus da cidade.
Para receber os visitantes, o forte sofreu algumas adaptações. As antigas celas deram lugar a lanchonetes. Os depósitos viraram banheiros. Há uma loja de artesanato. Foram instaladas rampas e rotas de acessibilidade para deficientes físicos. “Dispomos de cadeiras de rodas e guias para acompanhá-los durante a visitação”, informa Abech. A quantidade de guias varia entre 15 e 20, incluindo guias da FJA e voluntários, remanescentes de um antigo projeto da prefeitura e um banco privado. Segundo Abech, o número de visitantes é bastante variável, mas a procura aumenta aos domingos e segundas.
Percorrendo a estrutura emforma de estrela de cinco pontas, o visitante tem acesso às suas diversas dependências. Placas de identificação dão uma referência de como era o funcionamento da fortaleza. Nos compartimentos, são encontradas reproduções e peças. Um verdadeiro mergulho na história. Entre as atrações, o Marco de Touros, que registra o descobrimento do Brasil, e as imagens do Reis Magos, doadas pelo rei português Dom José, ilustrando a capela. No alto da fortaleza, os canhões originais, embora corroídos pela maresia, continuam apontando para o mar, ameaçando os invasores. O casal de engenheiros civis Ricardo Rover, 46 anos, e Marilene Machado, 41, vieram da cidade gaúcha de Canoas. “Para mim, foi uma visita interessantíssima por tudo o que pude ver aqui”, afirmou Ricardo. “Além disso, fomos muito bem guiados. Com muito humor e descontração, o guia conseguiu nos passar todas essas informações históricas. O passeio atendeu muito a nossa expectativa”, complementou Marilene.
Serviço
Fortaleza dos Reis Magos
Quando: Visitas diárias, das 8h às 17h
Ingressos: R$ 3 inteira e R$ 1,50 para estudantes
Fonte: DN Online