Por Agripino Junior, do Nísia Digital.
A greve dos professores da rede municipal de educação do município de Nísia Floresta foi encerrada nesta quinta-feira (7). A decisão foi tomada em assembleia, após audiência no Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte, realizada na tarde de quarta-feira, 6, que contou com representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte e da Prefeitura Municipal.
A audiência durou horas e as partes não entraram em consenso sobre os pontos apresentados por ambas. Coube ao desembargador Glauber Rêgo sugerir/definir os termos de conciliação, para o Poder Executivo; deflagração dum concurso público para o magistério municipal até final deste ano de 2015, e pagamento, até o dia 20 de maio, dos dias que haviam sido descontados dos salários dos educadores; aos Grevistas: suspensão imediata da greve e reposição das aulas no prazo de 120 dias.
Em relação à questão do 1/3 hora atividade, um dos pontos mais reivindicados pelos sindicalizados, a decisão judicial afirma que deverá ser solucionada na Comarca de Nísia Floresta, já que existe uma ação sobre o tema na mesma.
Para o núcleo local do Sinte/RN, a decisão é para ser comemorada. “Foi uma grande vitória para nós, sobretudo a decisão referente ao concurso em nossa área, já que o município não promove o certame há mais de 19 anos”, disse Josivaldo Nascimento – coordenador do sindicado, ao blog Nísia Digital. Ele afirmou ainda que Nísia Floresta foi uma das poucas cidades onde a greve não foi considerada ilegal.
Outras reivindicações dos grevistas – criação de um fórum municipal para a formação do Plano Municipal de Educação, realização de eleições diretas para os cargos de diretor e vice-diretor nas escolas municipais, discutir programas para formação voltadas aos profissionais em educação, entre outras – não foram discutidas na audiência, por falta de acordo, e deverão ser tratadas na comarca nisiaflorestense.
Os profissionais em educação voltaram às salas de aula nesta sexta-feira (8) e irão usar os sábados e o período de recesso para repor as aulas que não foram dadas durante o período em que a greve esteve em curso.
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