Por Rejane de Souza, doutoranda e literatura e colunista do Nísia Digital.
A linguagem e a vida são uma coisa só (…). E o idioma é a única porta para o infinito. Meditando sobre a palavra, o escritor repete o processo da criação. (…) Por isso quero libertar o homem e devolver-lhe a vida em sua forma original. Legítima literatura deve ser a vida. Ela tem de ser a voz daquilo que eu chamo ‘compromisso do coração’. (…) Quero voltar nas entranhas da alma, para poder lhe dar luz, seguindo a minha imagem. (…) E, para poder ser feiticeiro da palavra, para estudar a alquimia do sangue do coração humano, é preciso provir do sertão (…) porque o sertão é o terreno da eternidade, da solidão, onde o interior e exterior já não podem ser separados. (Guimarães Rosa)