“Fragmentos da História”, por Cláudio Marques.
Caro leitor, estamos próximos ao fim de mais um ano, e em meio aos festejos, uma data é bastante comemorada no mundo cristão católico (cristãos ortodoxos usam o calendário Juliano) que se baseia no calendário gregoriano. Ao que o tema faz perceber, é talvez repulsa para algum cristão que esteja lendo. Mas calma; não se trata de descaracterizar o natal, mas de “dar uma olhadinha” na história, pois essa data 25 de dezembro foi criada e/ou adaptada como várias outras datas de nosso calendário.
Não há como precisar a data que Jesus Cristo nasceu. O que estudiosos afirmam é que Jesus nasceu no mês de Kislev (calendário judeu), que é correspondente ao nosso calendário atual (gregoriano) ao final no mês de novembro e primeira metade de dezembro.
Sabemos também que o nosso calendário deriva do calendário romano, onde os meses do ano faziam (e fazem) homenegens a deuses e imperadores romanos. Bem como os dias também, um exemplo é o dia 25 que era comemorado o solstício de inverno (O solstício de inverno ocorre quando o Sol atinge a maior distância linha do equador), o dia do sol, renascimento do sol, que era venerado como sendo um deus: na Grécia Apolo, em Roma Sol.
Com o advento e fixação da cultura cristã e com a coverção de “pagãos” romanos, o dia 25 que era símbolo da luz, foi também convertido para comemoração do nascimento de Jesus de Nazaré. Esse tipo de prática (usar uma data antiga para ajudar a firmar uma nova cultura era comum na antiguidade) foi aliada a comparação do nascimento de Jesus que afirmava “Eu sou a luz do mundo”(João 8,16), com a importância da luz que era comemorada no solstício, ou ainda se o dia do Sol era tido como maravilhoso, o seria mais maravilhoso do que Cristo ou o dia de Cristo?
É certo que no mundo que estamos, no país que vivemos, existe um significado para o natal: que cada cultura, seja qual for o seu natal, pratique a caridade e o amor ao próximo.
Feliz Natal.
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