Por Ericleiton dos Anjos, do Nísia Digital.
Na manhã desta quarta-feira (22) o secretário de turismo de Nísia Floresta, Luís Filipe Duarte Fernandes, participou da sessão ordinária da Câmara Municipal de Nísia Floresta (CMNF), onde foi convidado para debater as questões ligadas à sua pasta. Além apresentar os projetos para a área de turismo, o secretário também ouviu várias cobranças feitas pelos parlamentares. Este foi o quarto debate realizado entre os parlamentares e um secretário da esfera municipal, a ideia foi do vereador Marcelo Mesquita (PMDB).
O primeiro vereador a falar foi Daniel Marinho (PSDB) que ressaltou a identidade e vocação natural que nosso estado e município tem para o turismo, mesmo sendo esta pasta uma das menos debatidas e cobradas juntos aos governantes. “Eu vejo todo mundo cobrando melhorias para saúde, educação, etc. Mas não vejo tantas cobranças para melhorar nosso turismo”, frisou o vereador. Ele ainda lembrou que, com advento da Copa do Mundo e a proximidade do nosso município com a cidade sede, surgiria várias oportunidades para atrair novos visitantes para as praias e lagoas de Nísia Floresta. Daniel ainda cobrou a construções de portais nos acessos à cidade. Segundo ele, pela falta de identificação, outras cidades como Parnamirim e Natal acabam se apropriando das nossas belezas como se fossem delas.
As palavras de Daniel Marinho foram acompanhadas pela do vereador Marcelo Mesquita (PMDB) que pediu, se possível, que o secretário adjunto Alexandre Alberto elaborasse uma rota junto com o secretário titular, onde eles visitassem todos distritos e bairros de Nísia Floresta através de uma itinerário Pium-Jenipapeiro ou Jenipapeiro-Pium, para que o secretário conheça mais as belezas e problemas encontrados no município e assim elaborar estratégias para alavancar formas de turismo como o excursionismo. O vereador ainda aproveitou para falar sobre as peculiaridades de cada região e ressaltou a falta de sinalização e identificação desses locais.
Tanto Daniel Marinho como Marcelo Mesquita cobraram a presença de guias bem preparados e de preferência nativos dessas comunidades. O vereador Daniel disse que se faz necessário que seja feito um cadastramento prévio de cada guia turístico para evitar casos como o que ocorreu em Timbó, onde um jovem, se passando por guia turístico, violentou uma turista mineira, de 43 anos.
Após ouvi as cobranças dos vereadores presentes, o secretario Luís Felipe Duarte elogiou a CMNF pela iniciativa de trazer os auxiliares da administração (secretários) para debaterem e fazerem um balanço de cada pasta até aquele momento. Ele garantiu que está em fase de finalização uma parceria com o Senac, que resultará em cursos voltados para a área. Por exemplo, o de monitor de turismo, ou guia. Cada profissional que receber o diploma receberá uma identificação exclusiva para que os turistas possam saber a quem pedirem informação e assim, ter confiança. Para ele, é preciso que se tenha um levantamento para que se possa planejar as ações concretas.
O secretário comparou o turismo da cidade com um diamante bruto, que precisa ser lapidado. Luís também disse que desde os primeiros meses à frente do cargo procurou profissionalizar esta área e que já enviou um projeto para trabalhar em cooperação com os alunos do curso de turismo da UNP, visando a criação de um estudo mais aprofundado sobre a cidade, no tocante das atrações turísticas e culturais. Ele lembrou ainda que já existe um projeto elaborado pelo deputado Gustavo Carvalho para que todas as praias recebem sua devida identificação. Perguntado pelos vereadores Daniel Marinho (PSDB) e Polyana Dias (PPS) se já um calendário de eventos, o secretario respondeu que já elaborou um de com alguns projetos para esse ano e que o mesmo será encaminhado para cada vereador.
As maiores cobranças em relação à falta de divulgação foram feitas pelo vereador Eugênio Gondim (PSD), que criticou a falta de distribuição de folders promocionais. Eugênio ainda lembrou de vários problemas estruturais que atrapalham uma melhor divulgação das nossas beleza e patrimônios, como é o caso do tumulo da escritora Nísia Floresta, que se encontra coberto pelo mato e sem nenhum cuidado. Ele disse que conhece bem as dificuldades, pois sua esposa também foi, por alguns meses, secretária de turismo, mas que é preciso “pôr a mão na massa”.
O secretario Luís Felipe justificou que a elaboração desses folders esbarra em questões burocráticas que atrasaria muito o planejamento, mas que com certeza eles serão elaborado e com muita qualidade. Sobre os problemas estruturais, o secretário justificou que por falta de um auxiliar nos primeiros meses, ele ainda não saiu para fazer essa vistoria sobre os patrimônios.
Durante toda a sessão o secretário adjunto Alberto Alexandre acompanhou as explanações de Luís no plenário da Câmara Municipal nisiaflorestense.
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