Por Ericleiton dos Anjos, do Nísia Digital.
Localizado no distrito de Pium, na cidade de Nísia Floresta, o morro do navio, também conhecido como morro vermelho, é um das maiores elevações da região metropolitana. Nele, além de uma boa visão do mar, pode ser contemplada também a Lagoa do Bonfim, assim como algumas edificações erguidas nas cidades de Natal e Parnamirim, ao norte do horizonte. Um local que inspira beleza e também muita história.
Apesar do nome, este relevo, na verdade, faz parte de um enorme conjunto de dunas, que ser caracterizam pela tonalidade avermelhada de suas areias. Por possuir essas particularidades, muitos “invasores” usam suas dunas como trilha para Rallys, fato que acaba acelerando o processo de degradação do morro.
Sobre sua importância histórica, muitos moradores e alguns historiadores afirmam que um marco de pedra com aproximadamente 1,5m de altura cujo alicerce está agora voltado para cima, e que está localizado na parte de baixo do morro, seria na verdade uma prova da passagem dos americanos durante a segunda guerra mundial.
Esse marco situava-se no alto do morro até alguns anos atrás, porém com a forte degradação de suas dunas, causada principalmente pela ação do homem, o marco foi caindo até os pés do morro, deixando, a parte onde provavelmente se teria as inscrições, enterrada. Sobre essas inscrições, alguns moradores afirmam que nelas estaria escrito a data do ano de 1944 ou 1943, os números divergem de acordo com cada depoimento. Vale a pena lembrar que a região foi utilizada como campo de exercícios de guerra na década de 1940, quando Natal foi ocupada pelos norte-americanos.
Os argumentos para presença americana na área aumentaram com uma descoberta feita pelo monitor de trilhas terrestres, Bruno da Costa, responsável por ser o guia dos visitantes em caminhadas na região. Ele conta que em 1997, quando estava caminhando pela região, nas aproximadamente da metade do morro, encontrou uma capsula de uma bala datada de 1941. Este tipo de projetil, é o mesmo utilizado até hoje como bateria antiaérea pela Força Aérea Brasileira (FAB), o mesmo guarda até hoje este artefato.
Agradecimentos a Marcelo Lima e Bruno Costa, pela colaboração na produção desta matéria.
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