Por Agripino Junior, do Nísia Digital.
Mesmo após o término do verão, um dos mais quentes dos últimos anos, o calor ainda é bastante intenso na região da cidade de Nísia Floresta. Esse fator tem afetado diretamente os alunos que estudam na principal escola pública do município: a Yayá Paiva. Os jovens não estão aguentando mais a situação e começaram a reclamar da mesma, de uma forma cada vez mais enfática, principalmente à direção.
O calor sempre existiu no prédio, porém, a situação se agravou bastante em 2014. No final do ano passado, a Prefeitura Municipal anunciou o ótimo projeto de climatização em todas as salas da EMYP, por isso, forrou todas elas para que os condicionadores de ar fossem instalados. Segundo a direção, após a licitação, uma empresa instalou os aparelhos e deixaram-nos no ponto de serem ligados, o que lhe cabia conforme o que foi definido em contrato.
Os meses foram se passando e a finalização do serviço acabou não sendo realizada. Isso gerou um calor praticamente insuportável, principalmente no final da manhã e primeiras horas da tarde. Existem relatos de vários alunos que passaram mal devido mormaço criado no interior das salas. A insatisfação dos alunos só aumentava, pois a situação não parecia melhorar.
“Nossa grande reivindicação é o funcionamento dos aparelhos de ar condicionado, pois nem os ventiladores – que nem dão conta – estão funcionando. Nós temos que, muitas vezes, nos deslocar de longe para estudar e essa situação acaba dificultando o aprendizado, já que o calor nos faz passar mal”, disse a aluna Francinéia Modesto, que estuda no 3º ano do Ensino Médio e é moradora de Bonfim.
Nos últimos dias, os jovens vem intensificando as reclamações, cobrando da direção da escola, que trabalhasse junto à Secretaria Municipal de Educação, uma solução para o sério problema. E nesta semana, em forma de protesto, alunos levaram ventiladores de suas casas para tentar amenizar as altas temperaturas nas salas de aula.
Após as constantes reclamações, a direção da escola decidiu suspender as aulas de forma emergencial nesta quinta-feira, dia 10. Sueli Celestino, diretora administrativa, afirmou que o calendário do ano letivo já está comprometido e não haverá outro espaço para que o serviço seja feito. Ela disse ainda, ao Nísia Digital, que não houve nenhum tipo de baderna dentro da instituição, como davam conta alguns boatos.
O trabalho na escola, além da questão da climatização, trata ainda da troca de portas para se adequar as exigências relacionadas à acessibilidade, entre outros pontos estruturais em que existe a necessidade de melhorias. A perspectiva é que isso seja concluído até o domingo, dia 13, para que as aulas voltem a acontecer normalmente na segunda-feira, 14.
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