NOVO PAPA É ARGENTINO E ADOTOU O NOME DE FRANCISCO

Por Redação, com informações do Portal Ecclesia.

O mundo inteiro parou nesta quarta-feira (13) para aguardar a escolha do novo Pontífice, líder da Igreja Católica. Já era noite no Vaticano quando enfim todos viram a fumaça branca sair da Capela Sistina e veio então o anúncio tão aguardado: Habemus Papam! O Cardeal Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos, arcebispo de Buenos Aires, capital da Argentina, foi o escolhido por dois terços dos cardeais para ser o novo sucessor de Pedro.

Dom Bergoglio escolheu seu nome papal; ele será chamado Francisco I. A multidão que aguardava na Praça São Pedro foi ao delírio quando o novo Papa apareceu e os saudou. Antes de conceder a sua benção, Francisco invocou a benção de todos os católicos espalhados pelo mundo, um gesto de humildade que deverá ficar marcado para sempre na memória de todos.

Na próxima terça-feira, dia 19, o novo Pontífice irá celebrar uma missa que marcará o início de seu pontificado, onde também irá receber o “anel do pescador”, em referência a Pedro, o primeiro Papa da Igreja Católica.

Perfil

Bergoglio, que tem atualmente 76 anos, é original de Buenos Aires; seus pais eram imigrantes italianos: Mario, empregado ferroviário, e Regina Sívori, dona de casa. Ele era um dos cinco filhos do casal.

O Papa Francisco I seria técnico químico, mas, logo depois de formar-se, entrou no seminário de Villa Devoto. No dia 11 de março de 1958, entrou no noviciado da Companhia de Jesus. Foi professor de Literatura em vários colégios enquanto estudava teologia e, em 13 de dezembro de 1969, foi ordenado sacerdote.
Dentro da Companhia de Jesus, foi provincial da Argentina, além de reitor do Colégio Máximo de São Miguel e de suas faculdades de Filosofia e Teologia.

O Papa João Paulo II o nomeou bispo auxiliar de Buenos Aires em 1992, e arcebispo coadjutor em 1997. No ano seguinte, ao assumir o governo desta diocese, converteu-se no primeiro jesuíta a ser primaz da Argentina.

O próprio Papa o criou cardeal em 2001. Na Santa Sé, ele fazia parte, até agora, da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, da Congregação para o Clero e da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica. Também fazia parte do Conselho Pontifício para a Família e da Comissão para a América Latina (CAL).

Durante o seu ministério como arcebispo de Buenos Aires e primaz da Argentina, Bergoglio foi muitas vezes a voz da Igreja nesse país, em defesa da vida e da família, em questões sociais, e, neste último período, levou a cabo um intenso trabalho de nova evangelização e para implementar as diretrizes para o Ano da Fé.

Um homem muito espiritual e próximo, muito querido em seu país. Pediu aos argentinos que “não se acostumassem com a pobreza” e que “saíssem às ruas” em defesa da família. Em setembro do ano passado, repreendeu os sacerdotes que se negam a batizar os filhos de mães solteiras, chamando-os de “os hipócritas de hoje que clericalizaram a Igreja. Os que afastam o povo de Deus da salvação”.

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