Por Redação, do Nísia Digital.
Nessa quinta-feira (14) à noite, no espaço Anita Café – da livraria Nobel da Salgado Filho – a as portas da livraria Nobel se abriram ao “respeitável público”. A sociedade natalense, artistas, poetas, escritores e publicitário se renderam a arte, cores e beleza da Vernissage da jovem e talentosa artista plástica Clarissa Torres. Ao primeiro olhar, tudo parecia simples: quadros sobre equilibristas, colombinas, palhaços ornamentavam os cantos da livraria e do Bristô Anita Café, no interior da Nobel.
No entanto, quando os olhares chegam mais perto, as expressões de perturbação e interrogação tornam-se visíveis.
Há, ali, algo singular, inusitado: os personagens e cores parecem ter sido criados à medida que a artista ia pintando, criando formas, definindo-se rostos, corpos diante de uma técnica análoga à grafitagem.
Além dos jogos de cores alegres, vibrantes, as representações dos movimentos equilibristas da cultura circense provocam leituras múltiplas.
Quem pode negar que os traços equilibristas não personificam a travessia do homem nesse mundo contemporâneo: entre fios e desafios.
Nesse “viver que carece ter muito cuidado”. Sim, a temática dominante da artista é a cultura circense, que envolve risos e tristezas nas faces dos personagens.
Mas não só isso. Há um elemento marinho que nos surpreende: o polvo que ora passeia, ora escorrega e ora se enrosca na obra de Clarissa.
A presença do polvo provoca uma ruptura na temática do circo desenvolvida pela artista e aguça os olhares para outras áreas de sentidos: proteção, tristeza, perigo, instabilidade, armadilhas? O que quer que seja desafie você também, leitor, as veredas das artes e manhas da artista Clarissa Torres?
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