FUGA EXPÕE FRAGILIDADE DE PRESÍDIO DE ALCAÇUZ, EM NÍSIA FLORESTA

Por Marco Carvalho, para a Tribuna do Norte.

O filme se repetiu. Do pavilhão considerado de segurança máxima, novos detentos voltaram a escapar durante a madrugada de ontem. Três homens fugiram sem ser incomodados por agentes ou policiais militares. Quatro meses após o registro da maior fuga da história do Rio Grande do Norte, quando 41 homens escaparam do mesmo local, nada foi alterado. A fuga desta segunda-feira voltou a evidenciar a fragilidade que cerca a Penitenciária Estadual de Alcaçuz, a maior do Estado. Problemas com o efetivo de agentes e PMs continuam refletindo na segurança deficitária oferecido pelo Governo para manter os detentos atrás das grades e distanciados da sociedade.

“Não adianta nada ter um pavilhão de segurança máxima, se não tem agentes para ficar lá ou policiais para as guaritas. Só funciona bem se tiver efetivo”, afirmou o diretor de Alcaçuz, o agente penitenciário Cléber Torres Galindo. Os detentos aproveitaram a visita de familiares durante o domingo para dar início ao plano de fuga. Após o fechamento das celas à noite, eles escaparam para o solário, onde serraram as grades e tiveram acesso ao lado externo do pavilhão. Com auxílio de uma “Teresa”, corda formada por lençóis, conseguiram transpor o muro da unidade.

A guarita mais próxima do pavilhão e que poderia ter visualizado a ação criminosa estava desativa pois não havia policiais militares suficientes. Antônio José Emereciano Ramos, José Rodrigo da Silva e Pedro Lucas da Silva Alvares conseguiram fugir. Antônio estava detido por assalto à mão armada.

Já José Rodrigo da Silva responde por tráfico de drogas, homicídio, furto e porte ilegal de arma. Ele era um dos 41 detentos que escaparam em 19 de janeiro do Pavilhão Rogério Coutinho Madruga. Foi recapturado no início de fevereiro na Paraíba, onde estava realizando assaltos. Ontem, mais uma vez, fugiu.

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