Por Agripino Junior, do Nísia Digital.
Quarta-feira, 28 de março de 2012, será uma data que ficará guardada na memória do povo nisiaflorestense. Não há dúvida de que foi um grande resgate de uma dívida histórica que se podia construir em torno da memória de uma mulher, se destacou através de uma linha de tradição literária, feminista e política no Brasil e em outros países por onde passou. Além do reconhecimento a sua filha ilustre, ganha também o município de Nísia Floresta, que terá, agora, um espaço para o fomento da cultural e outras ações educativas e inclusivas.
As escolas e os grupos foram pontuais, chegaram felizes para o evento. A solenidade de inauguração do Museu teve início por volta das 15h50, iniciando com apresentações culturais de diversas regiões. Dezenas de pessoas acompanhavam os grupos e suas performances, enquanto aguardavam o momento do descerramento da placa e do ato de inauguração. Após algumas apresentações, o mestre de cerimônia iniciou o ato solene convocando as autoridades que lá estavam. Em reconhecimento a todo o envolvimento à causa, a professora universitária Rejane e Hélio Oliveira, museólogo, tiveram destaque na fala da Diretora de Difusão e Fomento de Museus- representando o IBRAM, Eneida Braga Rocha, quando do seu pronunciamento.
No entanto, em detrimento dos que realmente colaboraram para o sucesso do momento, houve muito tempo de fala para aqueles que, na verdade, se omitiram na construção desse bem tão importante para a nossa região durante todo processo de implantação. Inclusive, esse foi o grande diferencial do projeto: o grau de independência política com que as ações coletivas foram construídas desde dezembro de 2010. Na verdade, foi um Museu construído por um grupo colaborativo e proativo, que se aliaram nessa luta por uma motivação única: resgatar a memória da escritora e fomentar a cultura rica dessa região.
A culminância da solenidade ocorreu depois da cerimônia quando, Hélio Oliveira, responsável pelo projeto expográfico do Museu foi fazer a explanação para as autoridades presentes; Eneida Braga, representante do IBRAM e os responsáveis pelo projeto geral, Elizama Cardoso e Raimundo Melo, do CECOP, fizeram o ato de inauguração removendo a faixa da porta do Museu Nísia Floresta.
As autoridades e os representantes das instituições foram os primeiros a conferir o interior do prédio. A sala que conta a história da casa, e sem seguida as salas verde, amarela, azul e branca. Todos ficaram encantados e emocionados com o projeto expográfico idealizado pelo museólogo Hélio Oliveira. O juiz Marcos Vinícius, que já esteve na Comarca de Nísia Floresta, era um dos mais entusiastas. Após a visitação, um coquetel foi servido, enquanto isso, do lado de fora, continuava as performances de expressões culturais que encantavam os expectadores.
Um fato que merece destaque foi falha na articulação feita com a pessoa ligada ao turismo local para a vinda dos artesãos locais, pois os mesmos chegaram e a responsável pela ação não apareceu. Outra foi o pouco espaço dado aos grupos de Nísia Floresta, a ênfase foi mais para os grupos que vieram de fora. Espera-se que tais fatos sejam corrigidos em outros eventos. O que dizer então da ausência do prefeito George Ney Ferreira? Se não justificar, terá sido lamentável, tendo em vista os grandes benefícios à população que este projeto irá trazer.
No entanto, como se trata de ações onde o voluntarismo foi o grande personagem, queremos, aqui, que exaltar o empenho de todos os envolvidos e parabenizá-los pela perseverança. O primeiro passo foi dado, e foi difícil, cheio de desafios, mas a luta continua Temos que estar juntos e lutar pela manutenção do prédio e das atividades, para que as pessoas possam ser realmente beneficiadas com esse grande projeto. Viva Nísia Floresta! Viva nossa cultura! Viva o nosso povo!
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