Mesmo ainda se recuperando dos prejuízos trazidos pelas chuvas do ano passado e diante de inúmeros entraves à produção e às exportações, a carcinicultura do Rio Grande do Norte espera ganhar fôlego este ano. Só a produção poderá crescer 500%. No caso das vendas ao exterior, os números ainda não são estimados, mas há também nesse caso expectativa de aumento. Para o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC), Itamar Rocha, 2009 será o ano para sacudir a ‘‘lama’’ e recuperar o fôlego da atividade, principalmente no que se refere ao mercado internacional. O Rio Grande do Norte é o maior produtor e exportador de camarão do Brasil, mas vinha perdendo força em função de fatores como a retração do mercado externo e dos baques sofridos na infra-estrutura e na produção, com as cheias que atingiram o estado no ano passado. As previsões otimistas para o setor e a necessidade de ação por parte do poder público para reverter esse cenário foram apresentadas na manhã de ontem, durante o lançamento da Fenacam 2009 – principal feira do setor no Brasil, que será realizada entre os dias 15 e 18 de junho no Centro de Convenções de Natal.
Na ocasião, Itamar Rocha disse que o RN produziu, no ano passado, 26 mil toneladas de camarão e exportou 6 mil toneladas. Para esse ano, a expectativa é que a produção atinja um crescimento de nada menos que 500%. Segundo o presidente da ABCC, o crescimento das exportações está associado, por sua vez, ao comportamento do mercado internacional. ‘‘O camarão pequeno terá uma procura maior. A partir de maio será feita uma revisão de preços e só então começa a se desenhar o quadro das exportações. Até a data da Fenacam, teremos uma previsão mais acertada sobre esse crescimento. Caso isso não ocorra, o mercado interno pode dominar’’, declarou.
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