Pobreza atinge mais da metade da cidade de Mossoró

O crescimento econômico aliado ao discurso desenvolvimentista do poder público municipal garante que a cidade de Mossoró, segunda maior do Rio Grande do Norte, vive uma situação privilegiada no Estado, com o crescimento na geração de empregos, maior oferta de vagas na educação e ampliação do sistema de saúde. Mas a propagação dos dados positivos inibe o aparecimento de uma realidade renegada nos arredores do centro urbano e que provoca preocupação social.

Dona Zumira Maria, 54 anos, vive há mais de cinco anos em um pequeno barraco na favela do Forno Velho, com o marido, o filho pequeno e um irmão. Do trabalho de catador de sucatas e lixo, feito pelo marido dela, Zedequias de Holanda, vem o único dinheiro da família. Mas nunca o dinheiro é suficiente para garantir o sustento de todos. “Tem dia que tem trabalho, tem dia que não tem nada”, comenta Zedequias. Com a imprevisibilidade no trabalho, a família depende da solidariedade dos vizinhos e amigos. “Quando tem comida a gente come, quando não tem o jeito é apelar para alguém”, fala dona Zumira.

Na realidade em que vive ela nem sabe, mas faz parte dos muitos que enfrentam uma situação de extrema pobreza na capital do Oeste potiguar.

De acordo com o Mapa de Pobreza e Desigualdade 2003, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 55,3% dos 205.822 habitantes da cidade naquele ano viviam em situação de pobreza absoluta, sem condições dignas de vida. Nessa situação, o município ficou em 1.149º lugar no ranking entre os 5.507 municípios brasileiros analisados. No Rio Grande do Norte, o município de Serra do Mel ficou 23º lugar, com 74,8% dos 7.517 habitantes, em situação de pobreza absoluta.

Leia mais aqui. (Tribuna do Norte/De fato)

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