Foto: Daltro Emerenciano |
Sendo entrevistado em uma emissora de rádio na cidade de Nísia Floresta, o vereador Eugênio Gondim assumiu que é pré-candidato a prefeito na terra do camarão.
Eugênio tem a proteção política da governadora eleita Rosalba Ciarlini, e dos senadores, Garibaldi Filho e José Agripino.
Perguntado se seria candidato na oposição, Eugênio disse que sua candidatura está dentro do bloco político liderado pelo prefeito de Nísia Floresta, George Ney.
– “George disse que não tem candidato. O candidato que fizer um melhor trabalho na sua base política, será o candidato do grupo. Não tenho motivo nenhum para duvidar do compromisso de George, porque essa atitude ele também adotou na eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal e cumpriu”, dissse Eugênio.
Eugênio afirmou, em conversa com o Blog, que o caminho que pretende trilhar para chegar na Prefeitura passa pela implantação do Distrito Industrial, como mecanismo capaz de gerar emprego e renda para o município.
Vida e obra de Nísia Floresta serão lembradas em comemoração ao seu bicentenário em dois encontros. A realização é da Prefeitura de Natal, com o intermédio da Fundação Cultural Capitania das Artes (Funcarte), com a parceria de instituições de ensino e cultura.
O primeiro será uma mesa-redonda, realizada na Aliança Francesa, durante a quinta-feira (11), às 19h30. Participarão como debatedores a professora aposentada da UFRN, Vitória Costa (pós-doutorado em Direito internacional na França, realiza palestras sobre Nísia Floresta em várias instituições culturais do país), o escritor e artista plástico Dorian Gray, a presidente da academia feminina de letras, Zelma Furtado e o presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, Enélio Petrovich. A mesa será dirigida pelo coordenador da Biblioteca Municipal Esmeraldo Siqueira, José Augusto Costa Júnior.
O segundo encontro será realizado no espaço de exposição da Faculdade Natalense para o Desenvolvimento do RN (FARN), na quinta-feira (18), às 19h30. Trata-se de uma exposição fotográfica sobre a autora potiguar.
Nísia Floresta escrevia sobre a escravidão, o sofrimento do índio e também as belezas do Brasil. Mas, acima de tudo, sobre a mulher e a opressão vivida pelo sexo feminino. Na verdade, tudo que Nísia Floresta escreveu foi para defender as causas nas quais ela acreditava, mais que por aspiração literária.
Ainda assim, tornou-se uma das maiores autoras de seu tempo. Ela é dona de uma trajetória intensa. Nasceu em Papari, no Rio Grande do Norte, tendo morado também em Olinda e Porto Alegre. No Rio de Janeiro, fundou um colégio revolucionário para meninas. O colégio, assim como os livros, era para exercer sua militância. Lutava por uma educação igualitária: às mulheres o conhecimento e não apenas o bordado.
Na Europa, consagrou-se, estabeleceu amizade com grandes intelectuais e residiu em vários países. Morreu na França, em 1885, após 75 anos vividos e 15 obras publicadas, além de incontáveis artigos na imprensa brasileira.
Por Redação, do Nominuto