Por Rejane de Souza.
O tempo de infância cheio de pequenas surpresas, inusitadas descobertas… Um ambiente de magia, de superstições, de histórias de um mundo maravilhoso, contaminado por lobisomens, caiporas, de mulas sem-cabeça, de papa-figos; príncipes encantados, botija de ouro, galinha de prata. Na mente infantil, esse universo vinha sempre misturado por lendas e personagens reais. Tal cenário, com a ausência de luz elétrica, tornava o mundo tão absurdamente real, que a imaginação dos pequenos corria solta, livre, inocente, sem medo de sonhar, de fantasiar… Um tempo em que se podia dormir cedo, acordar com o canto dos galos. A única diversão noturna era a de ouvir histórias contadas pelos avôs ou pelos pais, brincadeira de rodas, adivinhas e outros motes populares. Além dessa aprendizagem, havia outros maiores ensinamentos vindo da natureza, da força da lua, que indicava o tempo de plantar e o tempo de colher; o conhecimento sobre as plantas medicinais que havia nos quintais ou na área de mata. Provido da sabedoria popular, o povo, naturalmente, diferenciava as plantas do bem, outras, do mal. Aprendia-se, também, com os cantos dos pássaros. Uns adivinhavam chuva, outros alertavam para acontecimentos inesperados, sobrenaturais. E existiam, ainda, os que cantavam para harmonizar os homens com a natureza.
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