Por Redação, da Tribuna do Norte.
Presos fazem motim na Penitenciária de Alcaçuz.
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| Foto: Júnior Santos. |
Os presos do pavilhão 4 do presídio de Alcaçuz, em Nísia Floresta, estão em rebelião desde a tarde ontem (14), na ala de adaptação dos presidiários. O motivo, de acordo com o diretor do presídio, Marcos Lisboa, é a intenção dos detentos de retornar ao pavilhão e não cumprir o castigo. O diretor confirmou que outros detentos que também estavam em isolamento estão sendo ameaçados pelos próprios presos.
Segundo Lisboa, os presos do pavilhão 4 da penitenciária estão cumprindo o castigo devido a uma tentiva de fuga através de um túnel. O diretor afirmou que os detentos iniciaram a escavação para abrir o acesso e danificaram grande parte da estrutura hidráulica do local. Depois de terem a fuga frustrada, foram para o castigo e estão protestando no local.
De acordo com o diretor, já está sendo feita a negociação para o fim do protesto dos detentos, que estariam tentando derrubar a “chapa” do isolamento. Um dos presos foi espancado e está bastante ferido. Os detentos do pavilhão 2 já atearam fogo em colchões e a cortina de fumaça é vista à distância. O batalhão de Choque já foi acionado.
Ao todo, 120 presos estão na ala e três detentos são reféns, com pés e mãos amarrados, dos outros presidiários. O movimento não tem ligação com as ameaças feitas pelos presos do pavilhão 1, que teriam enviado uma carta garantindo que fariam um motim caso seus familiares não possam entrar com comida para as visitas íntimas.
Reféns devem ser soltos liberados ainda hoje.
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| Foto: Emanuel Amaral. |
De acordo com o diretor do Presídio Estadual de Alcaçuz, major Pm Lisboa, as 58 mulheres feita reféns pelos presos dos pavilhões 1 e 3 devem ser liberadas ainda na manhã de hoje. O gestor afirmou que a situação está sob controle e que falta apenas acertar o horário e ordem em que as visitantes começarão a deixar as dependências da unidade de Nísia Floresta.
Lisboa disse ainda que em conversa com alguns presos, eles teriam dito que os responsáveis diretos pelo motim seria o Sindicato de Agentes Penitenciários. “Na realidade o sistema prisional parece que está nas mãos dos agentes. Nós gestores ficamos com no meio do fogo cruzado”. Pontualmente, a incerteza quanto o horário de visitas aos sábados e domingos – que normalmente é apartir das 7h30, mas que por determinação do Sindasp só estava ocorrendo a partir das 10h – seria uma das razões para o descontentamento dos apenados.
Ao ser perguntado sobre a identidade dos presos com quem vem negociando, o major preferiu não citar nomes, mas avisou que tem acompanhado de perto e que o canal de diálogo tem sido mantido. A noite no presídio teria sido tranquila, finalizou.
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