CIRURGIA BARIÁTRICA: PÓS E CONTRAS

Por Ana Maria de Morais, Nutricionista e colunista do Nísia Digital

Ontem (11/10) foi lembrado o Dia Nacional de Prevenção à Obesidade. Na ocasião, o atual Ministro da Saúde Alexandre Padilha, informou que o Ministério da Saúde vai reduzir, de 18 para 16 anos, a idade mínima para realização de cirurgia bariátrica no Sistema Único de Saúde (SUS), nos casos em que há risco de vida para o paciente, a partir de janeiro de 2013. De acordo com comunicado da pasta, a decisão foi tomada com base em estudos que apontam o aumento da obesidade entre adolescentes. Dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares de 2009 (POF) indicam que, na faixa de 10 a 19 anos, 21,7% dos brasileiros apresentam excesso de peso. Em 1970, o índice era 3,7%.

O governo anunciou ainda a inclusão de exames e de técnicas cirúrgicas para redução de estômago. Atualmente, o SUS autoriza três técnicas: a gastroplastia com derivação intestinal; a gastrectomia com ou sem desvio duodenal; e a gastroplastia vertical em banda, que será substituída por apresentar significativo índice de novo ganho de peso pelo paciente. No lugar desse procedimento, está prevista a inclusão da gastroplastia vertical em manga (sleeve).

Antes de se submeter a uma das três técnicas, o paciente entre 16 e 65 anos deve passar por avaliação clínica e cirúrgica e ter acompanhamento com equipe multidisciplinar durante dois anos. Nesse período, ele terá de fazer dieta e, se os resultados não forem positivos, a cirurgia será recomendada.

“O Ministério da Saúde continuará fortalecendo as ações primárias e de prevenção da obesidade por meio do incentivo à mudança dos hábitos de vida da população, principalmente alimentação adequada e prática de exercícios físicos regulares”, destacou a nota.

Entre as diretrizes vigentes que não vão sofrer mudanças está o Índice de Massa Corporal (IMC) indicado para realização da cirurgia bariátrica, que deve ser maior que 40. O procedimento também pode ser realizado em pacientes com IMC entre 35 e 40 que apresentem diabetes, hipertensão, apneia do sono, hérnia de disco e outras doenças agravadas pela obesidade.

Diante de tudo, é necessário destacar que a Cirurgia Bariátrica é uma cirurgia altamente invasiva, onde pode comprometer a vida do indivíduo pelo resto de sua vida. Por essa razão, acredito que deveria ter novos estudos e incentivo a hábitos de vida saudáveis, como alimentação adequada e atividade física. Este tipo de cirurgia em adultos e agora principalmente em adolescentes deve ser a última alternativa.

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2 respostas para “CIRURGIA BARIÁTRICA: PÓS E CONTRAS”

  1. RAMONNA

    Penso um dia em fazer pois ja tentei muitas vezes e nunca conseguir emagrecer.
    PENSO EM FAZER PORQUE FUI A UMA NUTICIONISTA UMA VEZ E ELA ME PASSOU UMA DIETA EU FIZ PERDIR EM 1 MÊS 1 KG E AUGUMAS GRAMAS E SABE O QUE ELA ME FALOU QUE EU NÃO VOLTASSE MAS LÁ POIS SABIA QUE SÓ TINHA UM GEITO P/ MIM QUE ERA UMA REDUÇÃO DE ESTÔMAGO SAIR DE LÁ HORRORIZADA INDIGNADA…ENTÃO DESSE DIA P/ CÁ . TENHO EM MENTE ESSA CONVICÇÃO.

  2. Ana Maria de Morais

    Caríssima Ramonna, infelizmente essa minha colega de profissão foi muito infeliz em argumentar em apenas um mês de tratamento que o seu caso só seria resolvido após cirurgia bariátrica.
    Para submeter-se a uma cirurgia de redução de estômago, o paciente deve está em tratamento nutricional a pelo menos 2 anos tentando emagrecer.
    Pois bem, eu a convido a tentarmos mais uma vez e só depois do tempo estabelecido pela legislação serei sincera em falar a verdade. Pois tudo tem o seu tempo e jamais podemos desanimar uma paciente. Abraço!

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