Por Agripino Junior e Seminarista João Batista, para o Nísia Digital.
Não se sabe precisar ao certo a data de chegada do primeiro vigário, mas sabe-se que foi no ano de 1833. Esse primeiro vigário foi o Pe. Antonio Gomes de Leiros. Padre jovem e disposto, nada mais foi que um simples religioso do interior. Fato de notória importância foi o triste fim que teve o sacerdote na Vila de Papary. Devido ao seu olhar aguçado nas coisas alheias, ele quis tomar a força um sítio farto em produção de frutas e verduras, dizendo que esse pertencia à paróquia de Nossa Senhora do Ó. O dono do sítio, Tomás Marinho, vendo que o Padre tinha mais força que ele e que iria ganhar a causa na justiça, se desesperou e o assassinou em praça pública.
Com o ocorrido, o bispo diocesano de Pernambuco (naquela época a paróquia pertencia ao bispado do Pernambuco), Dom João da purificação mandou o padre José Alexandre para assumir a Paróquia de Papary.
Ao longo dos 179 anos de criação da Paróquia de Nísia Floresta cerca de 43 sacerdotes passaram pela administração da mesma. Destacam-se entre esses: Pe. João Maria Cavalcanti De Brito (o décimo terceiro padre a administrar a Paróquia de Papary. Antes de ir para Natal ele era vigário colado de Nísia Floresta.); Pe. Francisco Canindé Palhano e Pe. Luiz Gonzaga Silva Pepeu (Ambos chegaram ao grau do episcopado estando hoje respectivamente como bispos em Bonfim – BA e Vitória da Conquista – BA); Mons. Rui Miranda (muito estimado na paróquia, apesar do seu jeito sisudo e enérgico. Comenta-se que ele se recusou a receber os despojos de Nísia Floresta, à ocasião do traslado da França); Monsenhor Antonio Barros (religioso muito simples e popular), Pe. João Batista Chaves da Rocha (empreendeu uma reforma monumental, tendo assumido a Matriz em estado de deterioração, restaurou-a primando pelo resgate das suas características originais, onde foram descobertos detalhes desconhecidos há séculos pelos fiéis), Pe. Inácio Henrique de Araújo (criou o projeto Àgape, voltado para cultura, onde se inclui uma biblioteca pública, cinema, teatro, música etc; mandou restaurar todas as imagens dos padroeiros das paróquias, buscando suas características originais), Pe. José Lenilson de Morais (lançou o blog da paróquia; retomou a transmissão da Santa Missa através da rádio FM Executivo 87,9; junto aos paroquianos, reformou o teto da Igreja Matriz e lançou a campanha para os novos bancos; implantou a Escola da Fé) e o Pe. Fábio Pinheiro Bezerra, atual administrador (esteve junto ao Pe. Lenilson da implantação dos projetos acima citados; atualizou o sistema de som da Igreja Matriz; está organizando um grande Congresso Eucarístico Paroquial para celebrar o 180 anos da Paróquia em 2013).
Mensagem do atual administrador paroquial
Tendo em vista os 179 anos de evangelização da Paróquia de Nossa Senhora do Ó, nestas terras ricas em aspectos naturais mais de uma fé provada pelas experiências eclesiais que aqui nasceram como a Experiência viva da Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado, primeira paróquia do mundo a ser administrada pelas Irmãs Vigárias, graças a ousadia do Cardeal Eugênio Sales, de veneranda memória que antes mesmo da abertura do Concílio Vaticano II solicitou do Santo Padre João XXIII essa experiência, abrindo na Igreja um espaço para a promoção do bem comum.
O pioneirismo da semente plantada da Campanha da Fraternidade na comunidade do Timbó; Sem falar que é uma paróquia que contou com insignes pastores que por aqui passaram. e deixaram marcas na evangelizaação, como por exemplo: o Pe. João Maria, promovendo sempre uma pastoral de conjunto onde o laicato pudesse a luz do evangelho avançar para águas profundas sempre em comunhão com a Santa Igreja. Motivados por todas estas razões e por queremos lutar por uma Igreja em Estado Permanente de missão caminhamos desde então para os 180 anos com a promoção de um belissimo Congresso Eucarístico Paroquial no mês de agosto do próximo ano, começando a festejar desde hoje ao celebrarmos os seus 179 anos.
Em Cristo por Maria,
Pe. Fábio Pinheiro Bezerra.
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