BR-101 torna-se risco para moradores por falta de semáforos e passarelas

Foto: Júnior Santos

Enquanto as obras de duplicação da BR-101 sofrem constantes atrasos, a população dos municípios do trecho entre Nísia Floresta e Goianinha, no Litoral Sul, convive com o perigo. As cidades são dividas pelo muro construído entre as duas vias da BR. Sem passarelas, semáforos ou qualquer aparato para atravessar de um lado para o outro, os moradores arriscam suas vidas diariamente, disputando lugar com os carros, que trafegam em alta velocidade. Uma situação semelhante à que põe em risco os moradores de São José de Mipibu, num trecho da BR mais próximo de Natal, conforme foi mostrado em reportagens do DN.
Para driblar o muro que divide tanto Nísia Floresta quanto Goianinha, os moradores improvisaram escadas de madeira. Mas, o perigo de concorrer com os carros durante a travessia não tem como ser improvisado. O jeito encontrado foi mesmo contar com a sorte. Em Goianinha, há escolas dos dois lados da via. Diariamente, estudantes de todasas idades precisam atravessar a pista para ir ao colégio. A situação preocupa a população local.
O pedreiro Amaro dos Santos, 54 anos, contou que já houve vários acidentes no local, no trecho mais próximo a Goianinha, onde o movimento intenso do tráfego que vai e vem de Natal é acrescido do fluxo de veículos indo e vindo da praia de Pipa. Segundo ele, só na semana passada, quatro motoqueiros bateram em carros e uma mulher foi atropelada. Ele disse temer pela sua segurança e da sua família. “As crianças, para estudar, têm que correr na frente dos carros e pular os bueiros. Desde que construíram o muro, atravessar essa rua (BR-101) ficou muito complicado”, reclamou.
No momento em que a equipe de reportagem do Diário de Natal visitou o local, no sábado passado, cerca de 20 pessoas, de várias idades, atravessaram a BR. Algumas esperavam até que o movimento de carros diminuísse. Outras corriam pelas “brechas” que encontravam. Entre os moradores, a reportagem presenciou mulheres carregando os filhos nos braços para atravessar o trecho. A equipe também viu moradores usando bicicletas para facilitar a passagem.


Por Allan Dariyson, do Diário de Natal
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