Um caso de maus tratos a animais foi registrado em Parnamirim, na Grande Natal, e vem gerando indignação nas redes sociais. Em uma residência no bairro Santa Tereza, especificamente, foram encontrados restos mortais de animais que viviam trancados em condições insalubres, sem direito a comida ou mesmo água. A situação foi revelada na quarta-feira (14) por meio de uma publicação do Instituto Senhores Patas, que esteve na localidade para acompanhar a Polícia durante a denúncia, e replicado por internautas.
Segundo Luciene Lima de Azevedo, presidente fundadora do Instituto Senhores Patas, organização não governamental (ONG) que luta em defesa dos direitos animais, o instituto foi acionado pelo Centro de Operações Integradas (COI) para se dirigir ao local. Uma vez na residência, o que viram foram as portas da casa fechadas e sinais de abandono. “Então nós pulamos o muro e vimos essa cena de horror. Trata-se de um canil clandestino e, desde ontem, estamos correndo atrás desse caso”, compartilha.
Ela continua explicando que a maioria dos restos mortais encontrados são possivelmente de cachorros da raça Pitbull. O Instituto Técnico Científico de Perícia (ITEP), no entanto, ainda deve realizar o trabalho de perícia no local para confirmar essa informação e identificar de quais animais eram as ossadas encontradas. Também estiveram no local a Polícia Ambiental, Polícia Militar e a Guarda Municipal.
A situação não foi revelada a tempo para que a maioria dos animais pudessem ser salvos e apenas duas galinhas foram encontradas vivas. Agora, conforme aponta Luciene Lima de Azevedo, o próximo passo é conseguir uma ordem judicial para que o ITEP possa realizar a perícia na localidade e o caso não fique impune. “Só conseguimos verificar a situação do canil, pois a casa estava fechada. Possivelmente, também podem ter animais mortos lá dentro”, explica Luciana.
Segundo ela, até o momento, já sabe-se quem é a mulher que comandava o canil, com o apoio de seu marido, e que pode estar atuando na comercialização clandestina de animais em outras regiões. Até que saia a ordem judicial, sua identidade será resguardada. Ainda, segundo a fundadora do Instituto Senhores Patas, a expectativa é que a ordem saia ainda nesta quinta-feira (15) e a iniciativa retorne ao local para acompanhar as investigações.
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