Segurança para o sobrinho e paz para a família. É só isso que espera Maria (nome fictício), tia do detento Alexsandro Teodório de Medeiros da Silva, 27, que foi baleado na noite de quarta-feira, dentro da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, Grande Natal. Segundo Maria, desde que foi feita a revelação à imprensa de que o sobrinho havia sido baleado dentro do presídio, ela se sente coagida pela PM e ainda sem uma explicação oficial para o tiro dado contra Alexsandro. “Estou assustada. Procurei a imprensa justamente por causa disso”, afirmou Maria. Alexsandro foi preso e condenado a uma pena de 15 anos por um homicídio ocorrido em Macaíba. Ele já estava preso há cerca de três anos, no entanto, em em abril, matou outro detento, André Luís Pereira dos Santos, em Alcaçuz e agora responde a um novo processo. Foi essa acusação de um novo homicídio que parece ter gerado toda a violência. Alexsandro foi encaminhado para prestar depoimento no Fórum Miguel Seabra Fagundes, em Natal, na quarta-feira. Depois, foi levado de volta para Alcaçuz, mas não para o pavilhão 1, onde cumpre pena. Ele foi direto para o isolamento, que é para onde são levados os presos que estão de castigo. “Nesse local, bateram muito nele e foi lá onde deram o tiro na perna”, afirmou Maria. Inicialmente, quando a família foi visitar Alexsandro em Alcaçuz, afirmaram que ele havia sido esfaqueado por um outro preso. No entanto, no sábado, quando ele recebeu alta do Walfredo Gurgel, foi informada que a causa da internação teria sido tiro. Segundo a Penitenciária de Alcaçuz, o tiro que atingiu a perna do detento foi acidental. Ao voltar para o presídio, o acusado, tentou tomar a arma de um dos agentes penitenciários e os policiais precisaram contê-lo. Nessa confusão, a arma disparou em direção à parede, a bala voltou e atingiu a perna do detento. No Walfredo não há registro da internação de Alexasandro.
Por Redação da Tribuna do Norte
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