CINCO MESES DEPOIS, INQUÉRITO SOBRE ORIGEM DE TONELADAS DE LIXO EM PRAIAS DO RN NÃO FOI CONCLUÍDO

Foto: Sergio Henrique Santos/InterTV Cabugi

Cinco meses depois, a Polícia Federal ainda não concluiu o inquérito que investiga o aparecimento do lixo em praias do Rio Grande do Norte, fato que aconteceu no mês de abril deste ano. Os estados da Paraíba e do Piauí também tiveram o litoral atingido.

Apenas no Rio Grande do Norte, segundo relatório do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) de maio, quase 50 toneladas de lixo foram retiradas de 22 praias e rios, em sete municípios (veja lista mais abaixo).

Segundo a Polícia Federal, o inquérito ainda aguarda o laudo da perícia para ser concluído. A investigação do caso começou no dia 29 de abril.

O órgão informou ainda que um inquérito penal tem 30 dias iniciais para ser concluído, mas pode ser prorrogado caso o delegado entenda que ainda necessita de diligências. Assim, solicita ao Ministério Público um aumento do prazo.

NÍSIA FLORESTA

O município Nísia Floresta foi um dos atingidos pelo desastre. No total, foram recolhidas 3,5 toneladas de lixo entre as praias de Camurupim, Barreta, Barra de Tabatinga e Búzios.

Uma fita de braço da Secretaria de Recursos Hídricos de Maragogi, município no litoral de Alagoas, também foi encontrada em território nisiaflorestense. Essa pulseira é usada por turistas e era datada de 2020.

Além desses materiais, foram encontrados tubos para coleta de sangue, seringas, etiquetas de remédios; sapatos e sandálias, plásticos; copos descartáveis; garrafas pet; garrafas de água; garrafas de iogurte e embalagens de margarinas, entre outros materiais.

Três animais (duas tartarugas e um golfinho) foram encontrados mortos na praia de Tabatinga, em Nísia Floresta, mas uma necropsia feita na época, não identificou relação das mortes com os resíduos que afetaram a costa.

Por Fernanda Zauli e Leonardo Erys / Do G1RN
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