O Rio Grande do Norte chegou a um número de 190 mil pessoas procurando por trabalho no mês de junho, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta quinta-feira (23). A taxa de desocupação ficou em 13,8%. Em maio, ela era de 12,3%, o que representava 173 mil pessoas no estado.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD Covid-19 de junho. Além das pessoas desocupadas, sem trabalho formal ou informal e que tomaram medidas efetivas para conseguir retornar ao mercado, há outro grupo: as pessoas que gostariam de trabalhar, mas não procuraram trabalho por conta da pandemia ou por falta de trabalho na localidade.
Em junho, 449 mil potiguares estavam nessa situação. Segundo o IBGE, o grupo não pode ser considerado desocupado porque não tomou medidas efetivas para conseguir um trabalho, mas tinha disposição para isso.
Somados os desocupados e “pessoas que gostariam de trabalhar, mas não procuraram trabalho por conta da pandemia ou por falta de trabalho na localidade”, o Rio Grande do Norte tem 639 mil pessoas subutilizadas, de acordo com o IBGE.
Com a flexibilização gradual do isolamento, essas pessoas podem retornar a busca por trabalho nos próximos meses e aumentar a taxa de desocupação.
40 mil empregados voltaram ao trabalho presencial
No período, o número de pessoas ocupadas e afastadas do trabalho em razão do distanciamento social diminuiu. Em junho, 19,6% da população ocupada estava afastada, o que equivale a 232 mil pessoas. No mês anterior, 22% dos ocupados estavam nessa condição, o que correspondia 272 mil trabalhadores potiguares.
Auxílios emergenciais chegam a 56% dos lares
Em 56% dos domicílios do Rio Grande do Norte pelo menos uma pessoa recebeu auxílios emergenciais governamentais relacionados à pandemia (Auxílio Emergencial e o Benefício Emergencial de Preservação de Emprego e Renda por exemplo) em junho. Isso significa 612 mil domicílios. No mês de maio, esse tipo de benefício atingiu 53,2% das residências potiguares.
A média de rendimento com origem no auxílio emergencial foi de R$ 914 em junho no RN. No Nordeste, a essa média é de R$ 950. Os auxílios emergenciais chegaram a 58,9% dos domicílios na região. De todas as unidades da federação, o Maranhão tem a maior média de rendimento proveniente de auxílios emergenciais, R$ 1.047. O Amapá (67,3%) e o Maranhão (66,5%) são os estados onde os auxílios emergenciais chegaram a mais domicílios.
Do G1RN