Por Agripino Junior, do Nísia Digital.

POLÍTICA – Por onde anda Marize Leite? A atual vice-prefeita e possível pré-candidata a prefeita em Nísia Floresta, anda um pouco sumida. Marize ainda é a grande incógnita do cenário político local. Será que ela pode abrir mão da pré-candidatura para apoiar algum outro candidato? E quem seria? Zezinho ou Luís Carlos? Apesar da mesma ter falado que seria mesmo pré-candidata a prefeita há alguns meses atrás, nos bastidores isso não é tido como uma certeza. Nossa página está aberta para que Marize lance as respostas desses questionamentos.

SAÚDE – Parabéns a Secretaria de Saúde de Nísia Floresta! Sim, temos que reconhecer os pontos positivos de nosso falho sistema de saúde pública. O trabalho que toda equipe faz com os idosos e portadores de doenças crônicas, é muito importante. Visitas, palestras e reuniões ajudam essas pessoas a terem uma melhor qualidade de vida. Que esse trabalho humanizado se estenda à outros setores de nossa gestão pública.

MEIO AMBIENTE – Depois do Nísia Digital fazer uma matéria especial sobre a crise na carcinicultura, agora iremos averiguar a questão da lagoa de Papary. Um grande problema que gera polêmica e se arrasta há alguns anos. Enquanto não se resolve, a lagoa tão rica em natureza e história, está cada vez mais poluída e correndo o risco de desaparecer, como já ocorreu no passado.

CULTURA –.Ana Cristina e Sergio Pereira convidam à todos que trabalham com cultura e aos que se interessarem, a se encontrar no próximo dia 10 para discutir a reestruturação do Fórum de Cultura de Nísia Floresta. O encontro será realizado no Centro Pastoral Isabel Gondim a partir das 8:30.

RELIGIÃO – Esta semana será intensa na Igreja Católica de Nísia Floresta. Além da Missa de Cura e Libertação, que acontece quinta-feira (10) na Igreja Matriz, haverá também a posse de Pe. Fábio Pinheiro Bezerra como Administrador da Paróquia de Nossa Senhora do Ó na sexta-feira (11), e a acolhida do Pe. José Lenilson em São José de Mipibu, que será no domingo (13).

Publicidade

Compartilhe

Uma resposta para “RAPIDINHAS DO ND – 07/05/2012”

  1. Raimundo Silva

    UM VERDADEIRO SAPO

    Raimundo Silva*

    Na vida de quem escreve, há momentos de puro recesso. Parece uma preguiça. Os danados dos dedos param. Entramos em uma coisa meia de paúra. Na verdade, é quando mergulhamos no túnel de armazenamento. O verdadeiro processo de ficar só engolindo os sapos, para, depois, segundo o meu velho guru, Orígenes Lessa, “…os arrotaremos podres, depurados, para que obriguem pensar os outros…” Assim fiquei por um bom tempo, sem vontade de escrever e muito menos de publicar. Preferi a mesa dos sapos, das cobras e dos lagartos. Um alerta aos desatentos: Não parei de pensar sobre o nosso povo. Lugar onde busco minhas palavras e meus seres, fontes de minhas reflexões criativas. Foram alguns anos na janela, espiando a banda. Nem mais um livro, nem um artigo, nem um folheto de cordel, menos ainda um soneto prá amada. Nada. Nadica.
    O tempo é um remédio mesmo. Aguardem. Apesar do Faustão, dos Luãs Santanas, das” borboletas prefeitas”, das mariposas de Nísia, das Empreguetes… ainda, este ano, lançarei um romance – SANTA NEGRA DE GUARAÍRAS -, dedicado inteiramente aos meus antepassados de Tibau do Sul. Dívida antiga.
    E ultimamente, este traçador de linhas tortas, não se aguenta, espiando as notícias sobre a política do velho Papary, de dedos cruzados. Aí, os meto no teclado, e o faço como sempre, como um velho nísiense legítimo No entanto, não é como em um poema, onde as veias sobrepõe um bocado a razão. Penso, repenso como um comedor de camarão e liguento de farinha com tainha, e que, outrora, saboreou na bodega de João Paixão, a autêntica Cachaça Potiguar do Taboão dos Elísios. A boca se enche de água. Dar farnezim, uma agonia, até.)
    Que danado de maldição é esta, que é proibido nascer um filho de Deus em nosso solo, por falta de uma simples maternidade? E a cachola entra em parafuso, porque, todo ano de palanques, lá vem os danados dos meninos e meninas ( e as velhas raposas no bate esteira ), com o mesmo tralálá e trolóló:” Eu prometo, aqui neste comício, se leito, que irei reabrir a maternidade, com médicos de plantão, equipamentos neonatal, os escambau…” E a platéia aplaude e pede bis. Há mais de trintatanos, como dizia Zezé de Oliveira, que o lenga-lenga é tema recorrente nas campanhas e, o mais danado disto tudo, é que é tomado como uma verdade… e, os bestas enfiam votos neles. E lá se vão mais quatro anos sem um nisiense papacamarão de vero.
    Outra coisinha mais, meu caro, na companhia do velho amigo, que hoje ceia na mesa do Senhor, o ex-prefeito, Almir Leite, conheci o povo de Nísia, desde a primeira casa do Pium, até última de Jenipapeiro.
    Neste ano, ando abestalhado pela minha falta de conhecimento de alguns candidatos e/ou candidatas Para ser mais claro, de certas postulantes. Até uma paulista, ou paulistana, não sei, pois nunca a vi mais loira, nem aqui, nem em Itaquera, nem em Alcaçus, nem em Baurú. Estar aqui, agora, pelas nossas bandas praianas, a apresentar-se, como uma realizadora de”notável trabalho social”, na busca pela chave da viúva.
    Coisa engraçada! – Só prá recordar o saudoso primo Dinamérico.
    Gostaria de conhecer o notável trabalho e saber se o discurso sobre a reabertura da maternidade já foi afinado, ou se a paulista e a outra, aquela que entra muda e sai calada, como anda falando a língua do povo, pelos botecos, conhecem Luis do Camarão, que há quarenta anos, sobe rua acima, britanicamente, às dez da manhã, com seu inconfundível grito: OOOOLHA O CAAAAAAMARÃO… e grita bem forte, para ser ouvido lá do Monte Hermínio, na calçada da velha maternidade, que peleja fechada, guardando o pouso dos morcegos. E Luis grita e regrita, sem medo de assustar uma parturiente, ou acordar um recém nascido no peito da mãe gentil puro sangue nisisense.
    Como seria bom, termos a primeira prefeita, na terra de grandes mulheres: Nísia, Yayá Paiva, a outra Yayá, que é sempre lembrada em época eleitoral, mas que poucos, como, eu sabem do seu real valor, como mãe de prole grande e que, com a benção do Senhor e inesgotável força que sempre teve, ainda resiste bravamente na vida, Socorro Trindad, Dona Maria do Carmo e Maria Ricarda que tantos filhos paparyenses apararam para a vida, dona Mariinha, que tantas palmatória aplicou-me na mãos, com esta aprendi o beabá e as quatro operações sem ser na maquininha de hoje, e tantas outras guerreiras e valiosas.
    A coisa se completaria, com uma papacamarão de verdade, que gosta de um bom pirão de caranguejo, de chupar uma puã até deixa-lhe no casco.Que conhece da primeira casa do Pium à última do Jenipapeiro e sabe sentar-se à mesa do povo.
    Nisso tudo eu só quero o legítimo sabor, a alegria, como uma paixão corintiana, de torcer pelo Cruzador ou pelo Palmeira do Porto, além do sabor do camarão verdadeiro e do mussum no leite de coco, preparado na rua da Bica, pelas mãos de Palhinha, que seja quem for a próxima prefeita, minha amiga Marize, Telma, Camila, Raimunda, Das Dores, Das Cocadas… que nos traga de voltar o sabor de nascer na terrinha.
    Com um tira-gosto desses, em vez de me embebedar com as palavras ou deixar o coração narrar a prosa, vou tomar uma lapada, lá na casa de Veinho, vereador honoris causa, e mangar de Izaías, meu irmão, se inventar de votar em alguma borboleta que, se quer, sabe quebrar uma pata de goiamum.
    Um abraço e desculpem o sapo.

    Raimundo Silva, simplesmente um homem de Nisia Floresta.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *