Por Ana Maria de Morais, Nutricionista e colunista do Nísia Digital.

A Bulimia nervosa é um transtorno caracterizado por episódios recorrentes de excesso consumo de alimentos seguidos por uma ou mais atitudes compensatórias de prevenção do ganho de peso, como vômitos, jejum, uso de laxantes ou diuréticos, ou excesso de exercícios físicos. Pacientes com bulimia estão frequentemente com peso normal ou um pouco acima.

Diferentemente da anorexia nervosa, na bulimia pode não haver perda de peso, e assim médicos e familiares têm dificuldade de detectar o problema. A doença ocorre mais frequentemente em mulheres jovens, embora possa ocorrer, raramente, em homens e mulheres com mais idade. A orientação nutricional deve favorecer o controle na quantidade de alimento consumido em cada refeição.

Preferir:

· Calorias para manutenção do peso, evitando a sensação de fome (a restrição calórica contribui para a instalação e manutenção do transtorno);

· Cumprir ao menos 50% de carboidratos, considerando que quantidades inferiores favorecem a compulsão;

· Proteínas entre 15 a 20% para garantir a saciedade entre as refeições;

· Lipídios entre 25 a 30% para favorecer vitaminas lipossolúveis, ácidos graxos essenciais e colaborar na saciedade;

· Fracionar o plano alimentar em 3 grandes refeições (desjejum, almoço e jantar) e 3 pequenas refeições (colação, lanche e ceia);

· Realizar refeições em pratos pequenos para evitar o excesso de alimentos em um único horário;

· 8 a 10 copos de água por dia, alternando com sucos naturais de frutas (laranja, limão, acerola, tangerina, uva, manga) ou água de coco (para repor líquidos eliminados através dos mecanismos compensatórios);

· Procurar fazer uma atividade física.

Evitar

· Excesso de fibras como farelos (trigo, arroz, aveia) adicionados às refeições que já apresentam este nutriente;

· Longos períodos entre as refeições;

· Bebidas que desidratam como refrigerantes à base de cola, guaraná líquido ou em pó, café, mate ou chá preto;

· Excesso de laxativos e diuréticos;

· Excesso de doces como balas, chocolates, chicletes, bolos e tortas com excesso de gorduras.

Referências:

LEÃO, Leila S. C. S.; GOMES, M. C. R. Manual de Nutrição Clínica. 9 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.

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