No período de 12 a 15 de outubro, João Pessoa recebeu cerca de 500 mulheres de vários estados brasileiros para debater o futuro da literatura feminina, mercado editorial e outros assuntos pertinentes ao tema. A idealizadora do evento a escritora Maria Valéria Rezende – ganhadora do Prêmio Jabuti de Literatura Infanto-juvenil – relata que o encontro partiu de uma inquietação causada pela exclusão sofrida por mulheres nos tradicionais espaços das letras. Há um bom tempo, Rezende e muitas mulheres ligadas à literatura se encontravam periodicamente para conversar sobre o problema.
As conversas evoluíram para reuniões durante eventos literários importantes, como a Flip – onde Rezende se uniu a mulheres como Conceição Evaristo, Mirna Queiroz e Joselia. E foi nesse contexto que um grupo no Facebook foi criado contando com quase 5 mil mulheres, em que algumas se organizaram em suas cidades e criaram seus coletivos, como Brasília, Bahia, Pernambuco. Aqui no RN, motivada pelo Movimento de PE e da amiga escritora Patrícia Vasconcelos, a professora Rejane de Souza criou o Mulherio das Letras e Nísia Floresta.
Um grupo do RN foi articulado para participar do Encontro Nacional e teve participação marcante tanto no debate das rodas de diálogos como na mídia: a poeta Gilvânia Machado foi entrevistada pela TV da PB – professora Rejane Souza concedeu entrevista para a Web Rádio, Jeanne Araújo participou do Sarau Literário no final do evento.
O evento contou, na abertura, com as presenças da escritora e pesquisadora da obra de Nísia Floresta Constância Lima Duarte e a poeta Diva Cunha. O encontro ganhou repercussão nacional e internacional. E agora cabe cada Estado organizar seus eventos tendo em vista o próximo Mulherio que será realizado em Guarujá em São Paulo, a convite da Prefeitura da cidade paulista.
Da Redação / Do Nísia Digital
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