ENGENHEIRO REFORÇA TESE DE FACILITAÇÃO EM FUGA DE ALCAÇUZ

Por Redação, da Tribuna do Norte.

De dentro da cela, preso nenhum conseguiria ter saído sozinho. Isso mesmo que não houvessem cadeados”. A declaração é do engenheiro Marcos Glimm, da Verdi Construções – empresa contratada pelo Governo do Estado para construir o novo pavilhão da Penitenciária Estadual de Alcaçuz. Durante a manhã de ontem, o engenheiro visitou as instalações em Nísia Floresta, Região Metropolitana, e reforçou a tese de facilitação para a fuga recorde de 41 detentos durante a quinta-feira passada. “Houve um erro de gestão. Se tudo estivesse funcionando como deveria, a fuga com certeza não teria acontecido”.

A visita ocorreu sob a supervisão da direção da unidade prisional e da Coordenadoria da Administração Penitenciária (Coape). Após a vistoria, o engenheiro Marcos Glimm assegurou a impossibilidade de fugas em massa. “De dentro das celas, ninguém conseguiria abrir. E para chegar ao solário, como os fugitivos fizeram, teriam que passar por dois portões que estavam trancados”, reiterou.

No dia da fuga, o então diretor do presídio, major Marcos Lisboa, disse em entrevista à TRIBUNA DO NORTE que, através da portinhola por onde se entrega comida, os presos haviam conseguido serrar um cadeado localizado em cima da cela. A versão foi contestada pelos próprios agentes penitenciários que reclamavam da ausência de cadeados. A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) tratou de esclarecer que, mesmo sem cadeados, as trancas das celas garantiriam a permanência dos detentos no local.

Os esclarecimentos prestados pelo engenheiro podem ajudar no compreendimento do fato ocorrido na semana passada. A fuga recorde está sendo investigada por uma sindicância conduzida pela Sejuc, que ainda não tem data para ser concluída.

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