Por Saulo de Castro, do Nominuto.
Representantes de diversas unidades representativas da sociedade potiguar se reuniram, na manhã desta quinta-feira (10), em frente à Governadoria, no Centro Administrativo em um grande ato público contra a violência. De acordo com o presidente do Conselho Estadual dos Direitos Humanos, Marcos Dionísio, somente este ano o Rio Grande do Norte já registrou 468 homicídios, sendo 159 somente na capital.
Intitulado “Basta de Violência”, o movimento que é uma iniciativa da Ordem dos Advogados do Brasil do RN reuniu entidades religiosas e empresários, além de representes da saúde, educação, comércio, da segurança pública, como policiais civis, militares e bombeiros.
Para o presidente da Ordem dos Advogados no RN, a sociedade já não aguenta mais tanta insegurança e tamanha sensação de impunidade. Segundo ele, o objetivo do movimento é alertar o poder público para os números tão alarmantes e cada vez mais crescentes da violência. “Precisamos investir na melhoria da estrutura da Polícia Civil, do Itep que são partes fundamentais no processo de resolução de crimes. Para isso estamos aqui para cobrara soluções para a redução da violência e um diálogo permanente com o governo”, destacou.
Os representantes de cada entidade formaram uma comissão cujo objetivo foi apresentar ao secretário de segurança e a governadora Rosalba Ciarlini um manifesto com as principais reivindicações referentes a segurança pública. Entre os principais pontos destacam-se: a convocação dos concursados da Polícia Civil, a criação da Divisão de Homicídios do estado, abertura de concurso público para o Corpo de Bombeiros, reestruturação da Fundac e do Itep, fortalecimento da Defensoria Pública, apara facilitar o acesso à justiça, além da cobrança das contrapartidas do convênio com o Programa Brasil Mais Seguro.
Para o Marcos Dionísio, estes são pontos fundamentais para que se tenha uma segurança pública realmente eficaz. A Divisão de Homicídios, por exemplo, dará uma resposta pontual e imediata para a sociedade. A estruturação da Fundac também proporcionara mais estrutura para receber menores infratores e com isso, a realização de um trabalho mais adequado para a ressocialização desses jovens.
Ao final da movimentação, a comissão formada por representantes das categoria presentes se reuniu com o secretário de segurança para entregar o manifesto e cobrar soluções. “Essa é a hora de não ficarmos procurando mais culpados. Esse é o momento de nos unirmos e buscarmos soluções e respostas”, disse o presidente do Conselho Estadual dos Direitos Humanos.
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