Por David Freire, do Portal No Ar.
Em assembleia realizada na noite de segunda-feira (24), no Sindicato dos Médicos do RN, os profissionais do estado aprovaram indicativo de greve. A atitude foi motivada pelo descontentamento com a proposta enviada pela Sesap para o reajuste referente ao escalonamento do piso Fenam. Conforme acordado em 2013, o reajuste deveria ser de 20% em fevereiro deste ano e seguir com pouco mais de 18% ao ano, até 2018.
De acordo com a nova proposta do estado o reajuste salarial seria realizado em forma de gratificação diferenciada de acordo com os portes hospitalares, a ser incorporada ao piso salarial dos médicos somente ao final da implantação do piso Fenam.
Para os médicos das unidades de Porte 1, que incluem hospitais como Walfredo Gurgel e Giselda Trigueiro, foi oferecida uma gratificação de 14% este ano, somada aos 18,75% até 2018; os profissionais das unidades de porte 2 receberiam 10% de gratificação em 2014 e 14% até 2018; enquanto para os médicos das unidades de porte 3 o reajuste seria de 8% em 2014, mais 10% ao ano até 2018. Por se tratar de gratificação os médicos aposentados estariam excluídos da negociação.
A proposta foi rejeitada pelos profissionais que discordam com a diferenciação da classe de acordo com o porte hospitalar e com a proposta de uma gratificação, diferente do aguardado que é um aumento salarial com incorporação no piso da categoria. Também não agrada a diferença entre profissionais da ativa e os aposentados além de outras inconsistências na tabela enviada pela SESAP.
Uma contraproposta será apresentada ainda esta semana pelo presidente do Sinmed, Geraldo Ferreira, e incluirá o aumento salarial no piso da categoria, sem a diferenciação da classe por níveis hospitalares. Em caso de inviabilidade da proposta a longo prazo a segunda sugestão é o aumento salarial de 14% de forma igualitária para todos os profissionais, ainda este ano.
Uma nova assembleia foi marcada para o dia 10 de março, às 19h, no auditório da Associação Médica do RN, para discussão das respostas do governo e possível deflagração da greve.
Publicidade
Deixe um comentário