Por Agripino Junior, do Nísia Digital.
A Escola Estadual Nísia Floresta realizou, na tarde desta sexta-feira (11), uma ação em memória da escritora que dá nome à instituição: Dionísia Gonçalves Pinto, que adotou o pseudônimo de Nísia Floresta Brasileira Augusta. Considerada por diversos intelectuais como uma das mais notáveis mulheres que o Rio Grande do Norte já viu, Dionísia destacou-se principalmente pela defesa dos direitos das mulheres, pela liberdade dos escravos e por uma sociedade mais justa.
Amanhã, dia 12 de outubro, irá ser celebrado o ducentésimo terceiro aniversário de nascimento da filha mais ilustre da antiga Papary, cidade esta que mudou de nome para homenageá-la, passando a se chamar Nísia Floresta. Devido esta data festiva, a escola resolveu fazer a singela homenagem, tendo-se a consciência que poderia (e seria justo) ser feito algo mais grandioso.
Juntamente à uma turma de alunos da Escola Municipal Yayá Paiva, um pequeno grupo de alunos da E.E. Nísia Floresta saiu de frente à sede da mesma, passando por algumas ruas do Centro da cidade e dirigindo-se ao mausoléu onde estão guardados os restos mortais da escritora. Lá foram prestadas homenagens e também cantou-se o hino à Nísia Floresta.
A prefeita do município, Camila Maciel Ferreira, esteve prestigiando o momento e deixou um arranjo de flores em cima do túmulo, homenageando a feministas e abolicionista, Nísia Floresta. Junto à ela estiveram Lourdes Lemos, diretora da EENF, e Sueli Celestino, diretora da EMYP. Alguns educadores de ambas as instituições também compareceram.
O presidente da Câmara Municipal, Jorge Januário de Carvalho, também esteve presente ao evento e proferiu algumas palavras, destacando que Nísia Floresta foi uma grande visionária e por isso foi muito incompreendida em sua terra natal, por tem um pensamento muito à frente de sua época. Mostrando bastante conhecimento do tema abordado, Jorge citou inúmeras facetas marcantes de Dionísia.
O professor da rede pública de ensino, Arlindo Almeira, pediu a palavra e solicitou da prefeita Camila que fosse melhorada a estrutura do local que guarda os despojos da pessoa mais importante da história da cidade. Pediu ainda que as escolas incentivassem seus alunos a conhecerem a obra e a história de Nísia Floresta, aprendendo a valorizar as coisas da terra.
Após o encerramento da ação, os alunos voltaram organizadamente para suas escolas, muitos bastante contentes por ter participado do momento. Porém, outros aliviados, pela falta de interesse em valorizar sua própria história, sua própria identidade cultural. Fazer com que a juventude se interesse por questões educacionais e culturais não é tarefa fácil, mas também não é impossível.
O Nísia Digital esteve acompanhando a momento e traz mais alguns registros fotográficos aos seus leitores (créditos das fotos: Agripino Junior/ND):
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