ACESSOS AO AEROPORTO DE SÃO GONÇALO DO AMARANTE DEVERÃO SER SIMPLES E SEM ILUMINAÇÃO

Por Ricardo Araújo, para a Tribuna do Norte.

Adriano AbreiDesde que a primeira licitação para a construção dos acessos ao Aeroporto de São Gonçalo do Amarante foi deflagrada, 14 meses se passaram e nenhum vestígio de poeira ou máquinas na pista sinaliza o início das obras. O Governo pede mais 20 dias de prazo – para acionar as máquinas – mas, além do atraso, um detalhe chama a atenção: os projetos executivos já aprovados pelo DER não contemplam a duplicação da RN-160, única via direta de acesso ao município a partir de Natal.

Excluídos os trechos da BR-406, BR-304 e BR-101 – cerca de 10 km das rodovias estão incluídos nos projetos – as demais vias para chegar e sair do novo aeroporto serão pistas simples e, inicialmente, sem iluminação ao longo de quase 24 km. E é provável que o terminal de cargas e passageiros, anunciado como o sétimo maior do mundo e cujo início da operacionalização a Concessionária Inframérica marcou para abril de 2014, seja inaugurado sem que as obras adjacentes estejam prontas.

Segundo o diretor/presidente do Departamento de Estradas de Rodagem do Rio Grande do Norte (DER/RN), Demétrio Torres, as intervenções relacionadas aos acesso ficarão prontas no final de maio do ano que vem. Um mês, portanto, após o início das atividades do novo aeroporto e às vésperas da Copa do Mundo da Fifa em Natal.  Entretanto, no entendimento do DER/RN, as obras já começaram.

Foto Junior Santos

“As instalações foram iniciadas e a chegada de alguns equipamentos está marcada. O levantamento topográfico está em vias de conclusão. O início das obras não se caracteriza pela poeira e máquinas operando. Isto vai começar nos próximos 20 dias”, ressalta Demétrio Torres. Sobre os 14 meses de atraso, ele justifica que a “burocracia interminável” emperrou processos, o que postergou o início das intervenções. Afora a organização da papelada referente às obras, segundo o titular do DER, foi necessário ampliar o conjunto de projetos para expandir as rotas de acesso ao novo aeroporto.

O custo foi alterado e as obras ficaram 4,8 vezes mais caras, comparando-se com o primeiro valor divulgado pelo Governo do Estado. O projeto original foi acrescido de novos empreendimentos e, em termos percentuais, sofreu um ágio de 381,32%, saltando de R$ 15 milhões para aproximadamente R$ 72,1 milhões. “Brigamos pelos projetos porque era uma oportunidade boa. A mobilidade não é só para a Copa do Mundo. O nosso projeto contempla 20 anos para a frente e é importante que se tenha um anel viário na Região Metropolitana”, defende Demétrio Torres.

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