Por Agripino Junior e Rejane de Souza, para o Nísia Digital
Sobre o funcionamento da casa, o Pe. Fábio disse o seguinte: “Quanto ao funcionamento da casa se dará após a constituição de um conselho administrativo da casa que ainda está em formação para definirmos como funcionará a mesma. Juntamente com pessoas interessadas por esse bem paroquial e de atração cultural e fomentação educacional para o município, achamos por bem enviar um projeto para o órgão federal Ministério da Cultura que financia projetos culturais e pontos de memória para possivelmente nos ajudar no funcionamento da casa, que também terá outras atividades culturais e educacionais. O projeto tem como título da Ação: A preservação e manutenção à memória das ações educativas, socioculturais e evangelizadoras pioneiras das Irmãs Missionárias na cidade de Nísia Floresta/RN”.
A passagem das Irmãs pelo município é um marco histórico através de lições de solidariedade, humildade e trabalho pastoral. Na verdade, tratava-se de quatro irmãs da Congregação Missionária de Jesus Crucificado que viviam no meio do povo, residiam em casa simples e tinha o afeto e gratidão das comunidades diante de suas ações. No período, elas assumiam todas as responsabilidades da paróquia, exceto a celebração da eucaristia e da penitência, que eram reservadas aos sacerdotes, as religiosas atuavam como verdadeiras vigárias, as irmãs participavam da vida diocesana, dos encontros mensais do clero, das assembleias pastorais e dos conselhos dirigentes, atividades de evidente pioneirismo para a época. E o interior do espaço de memória resgata um pouco do que foi o trabalho realizado em Nísia Floresta, servindo de exemplo às gerações presentes e futuras..
O Pe. João Batista Chaves da Rocha, que já passou pela Paróquia de Nísia e atualmente é pároco de Nova Parnamirim e Capelão da Polícia Militar, disse que está feliz com a nova fase da casa. “Aparentemente tão simples a Casa onde residiram as Missionárias de Jesus Crucificado, pertencente a Paróquia de Nossa Senhora do Ó em Nísia Floresta é hoje um Espaço de Memória da Arquidiocese de Natal. Através do Decreto nº 02/2013 de 14 de fevereiro de 2013. A partir desse momento, ela não pode ser alugada, vendida e nem utilizada para outros fins”, comentou.
Pe. Batista também falou da importância do envolvimento de todos neste projeto de preservar essa rica história. “Tendo ruído parte de sua estrutura o povo de Nísia Floresta, recuperou e reconstruiu esta casa, deixando-a no mesmo estilo original, cujo empenho maior agradeço a senhora Genialda Dias (Bila) e os pedreiros, serventes e tantas pessoas que em mutirão trabalharam intensamente. A todos imploramos a recompensa de Deus e da Padroeira de Papary, Nossa Senhora do Ó”, concluiu.
Segundo a professora Rejane de Souza, que se dispôs a contribuir de forma bastante significativa com esta ação, o resultado do Prêmio Memórias Brasileiras do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), o qual foi inscrito, deverá ser divulgado em breve. Qualquer nova informação sobre a abertura da casa ao grande público, será publicada aqui no Nísia Digital.
Publicidade
Deixe um comentário