Um acidente aéreo fictício colocou em alerta instituições ligadas à saúde e segurança. O Exercício de Emergência Aeronáutica, realizado anualmente pela Infraero, faz parte do encerramento do Curso de Voluntários de Emergência (CVE) e envolveu cerca de 300 pessoas, entre médicos, profissionais da área de segurança e funcionários do aeroporto, a chamada comunidade aeroportuária, além de trinta voluntários que atuaram como vítimas. Às 9h15 de hoje, o alerta soou na Torre de Comando do Aeroporto Internacional Augusto Severo, que repassou à equipe do Corpo de Bombeiros (CBM), instalada no local, a informação de que um avião com risco de explosão iria pousar em poucos minutos.
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Por volta das 9h30 o esperado aconteceu e as equipes começaram a chegar. No saguão do aeroporto, familiares nervosos buscavam notícias sobre parentes que chegariam no vôo. Próximo à pista de pouso, viaturas do CBM, ambulâncias do SAMU, Resgate das Dunas, Polícia Rodoviária Estadual, Marinha, Polícia Militar e de empresas privadas, além de motos do SAMU e um helicóptero, faziam o transporte das vítimas.
Lonas de triagem foram espalhadas no terreno enquanto os bombeiros apagavam o fogo, provocado pela combustão de aproximadamante mil litros de gasolina e óleo diesel. A simulação durou exatamente uma hora e o saldo foi positivo. Para o coodenador do SAMU/Natal, o médico Luiz Roberto, o bom desempenho das equipes e o trabalho realizado dentro do prazo proposto mostra que a cidade está preparada para atender emergências desse tipo, caso aconteçam.
De acordo com o superintendente da Infraero/RN, José Daniel Sobrinho, esse tipo de simulação faz parte das recomendações internacionais seguidas pela Infraero. “Estatisticamente a maioria dos acidentes acontecem no pouso ou decolagem. Todos os 67 aeroportos administrados pela Infraero no Brasil têm esse tipo de simulação anualmente”, revelou o superintendente. O Aeroporto Internacional Augusto Severo nunca registrou acidentes com vítimas que precisassem colocar em prática o treinamento feito durante a simulação, apenas pequenos incidentes que não provocaram danos aos passageiros.
A importância do Curso de Volunt rios de Emergência está, principalmente, em treinar a comunidade aeroportuária para agir em caso de emergência, como casos de queimadura, infarto ou traumatismo, e gerenciar crises, quando familiares buscam desesperadamente informações sobre familiares em vôos. “Na realidade a gente não tem que gerenciar essa crise apenas na pista, com o avião, mas também dentro do aeroporto com os familiares”, observou.
Fonte: DN Online
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