VISTORIA APONTA RISCO DE NOVOS DESMORONAMENTOS EM FALÉSIAS DE BARRA DE TABATINGA

Foto: Reprodução/InterTV Cabugi

As falésias de Tabatinga, em Nísia Floresta, podem ter novos desmoronamentos. É o que apontam professores e pesquisadores do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que realizaram uma vistoria no trecho nesta quinta-feira (27).

A nova análise foi motivada pela queda de uma parte da falésia na praia de Tabatinga na manhã da terça-feira passada (26). Ninguém estava próximo do local na hora do incidente, e não houve feridos.

O trecho onde o acidente aconteceu, segundo os pesquisadores, se mostrou mais íngreme e com desgastes erosivos que podem culminar com novos deslizamentos.

O ponto já era considerado suscetível a episódios desse tipo antes desse acidente, como aponta um relatório feito pelo departamento de geografia da UFRN que foi divulgado em fevereiro de 2022. Na ocasião, foi mostrado ainda os riscos de desmoronamento da rodovia estadual RN-063, que fica 7 metros distante da borda da falésia.

“É importante que haja um monitoramento sistemático desses movimentos, que haja uma possibilidade de prever com antecedência essas áreas mais críticas e a sinalização delas”, explicou o geógrafo Rodrigo Freitas, da UFRN, que participou da nova vistoria.

Os pesquisadores explicaram que esses desmoronamentos fazem parte de um processo natural de erosão costeira, que ocorre por conta do avanço do mar – e que é preciso se preparar para isso.

“Esses movimentos de massa, esses danos em falésias vão continuar. A tendência é que eles aumentem cada vez mais, porque a gente está tendo elevação do nível do mar, mudanças climáticas, e isso faz com que erosão se identifique”, pontuou.

Para o geógrafo Rodrigo Freitas, é necessário que haja uma intervenção mais efetiva do Poder Público nas falésias para diminuir os riscos de acidentes. “Também uma conscientização e um treinamento com todos aqueles que acessam essas áreas, com as pessoas que trabalham nos lugares, pra evitar danos maiores”.

Do g1RN

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