Nove em cada dez novas empresas criadas nos primeiros seis meses de 2022 são pequenos negócios. A confirmação é do Ministério da Economia, que divulgou os dados do Mapa das Empresas no Brasil. O estudo apresenta a quantidade de novas empresas abertas em todo o país e indica que o estado registrou no primeiro semestre 22.673 novos empreendimentos formalizados, dos quais 98,2% são de micro ou pequeno porte.
No total, foram 22.276 pequenos negócios registrados no Rio Grande do Norte ao longo de seis meses deste ano e, segundo o levantamento, 9.602 foram formalizados na categoria de Microempreendedor Individual (MEI). O segmento das MPEs envolve as microempresas (ME) e as empresas de pequeno porte (EPP), além dos MEIs. São classificados como ME os negócios com faturamento anual bruto de até R$ 360 mil, enquanto nas EPP a faixa de receitas brutas fica entre R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões por ano. Já o MEI o limite é de R$ 81 mil por ano.
De acordo com o Ministério, a facilidade em abrir uma nova empresa é um dos fatores que tem incentivado o registro de novos negócios. O tempo médio de abertura no Brasil é de um dia e sete horas. No Rio Grande do Norte, esse prazo é maior, um dia e meio, sendo necessárias em média 15 horas de viabilidade e outras 21 horas para o registro em si, o que totaliza 36 horas. A expectativa do governo é que até o fim do ano o prazo para se registrar um novo negócio no país diminua para um dia.
O gerente da Agência Sebrae na Grande Natal, Thales Medeiros, explica que, diferente do MEI, cujo processo de abertura dura minutos e é feito pela internet, as demais categorias de pequenos negócios ainda enfrentam uma série de exigências burocráticas de órgãos com sistemas distintos, que emperra a rapidez na constituição da empresa e reflete diretamente no prazo para a empresa começar a funcionar.
“Pela sua própria regulamentação, o MEI é operado por um canal diferente e bastante ágil. Já as demais pessoas jurídicas obedecem a um outro rito de exigências legais, entre alvarás e licenças, que atendem à legislação local, planos diretores, condições sanitárias e impacto ambiental. Além disso, há a exigência dessa operação ser realizada por um profissional de contabilidade. A falta de sintonia e gestão desses processos afetam diretamente o tempo de abertura de um negócio”, esclarece Thales.
Da Tribuna do Norte
Deixe um comentário