Com uma movimentação de US$ 408,7 milhões, as exportações no Rio Grande do Norte cresceram 122,6% no primeiro semestre de 2022, se comparado a igual período do ano passado, que teve soma de US$ 184 milhões em produtos exportados. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, e indicam a maior alta para o período desde 2011. O saldo da balança comercial registra números expressivos – quase 10 vezes maior – se comparados os seis primeiros meses de 2021 e 2022. As estatísticas apontam um saldo de US$ 24,7 milhões no passado e de US$ 219,4 milhões este ano – um crescimento de 788,25%.
Dentro do recorte, neste ano, os combustíveis são os maiores responsáveis pela alta – equivalem a 59% das exportações totais, somando US$ 242 milhões exportados. Esse valor é 276% maior no comparativo com mesmo período do ano passado. Em seguida, vêm as frutas frescas e nozes (15% das exportações e US$ 59,8 milhões exportados), tecidos e telas (3,9% e US$ 15,8 milhões) e indústria de transformação (3,5% e US$ 14,5 milhões).
Minerais em estado bruto correspondem a 3,5% com US$ 14,1 milhões em exportações, pescado inteiro representa 3,1% com US$ 12,7 milhões exportados, e matéria bruta de animais que soma US$ 11,3 milhões, representando 2,8%; açúcares e melaços contribuíram com 2,4% (US$ 9,74 milhões), e pedras preciosas com 1,6% das exportações potiguares no semestre (US$ 6,56 milhões), seguidas de filés e outras carnes de peixes (1,5% e US$ 6,25 milhões), chapas, folhas e películas (1,4% e US$ 5,52 milhões).
No acumulado do semestre, o Rio Grande do Norte tem participação de 0,3% nas exportações nacionais, ocupando a 20ª posição dentre os estados brasileiros em vendas para o exterior. Conforme os dados da Secex, o RN teve uma movimentação financeira, somente neste 1º semestre, quase três vezes superior ao que foi registrado no mesmo recorte de 2011, que soma US$ 105 milhões em exportações.
As importações no Estado também apresentam crescimento em 2022. Em relação ao 1º semestre do ano passado, o aumento é de 19,2%, com movimentação financeira de US$ 159 milhões em 2021 e de US$ 189,3 milhões neste ano. Trigo e centeio (22% e US$ 42,3 milhões importados), geradores elétricos (21% e US$ 40 milhões) e válvulas e tubos (17% e US$ 32,7 milhões) lideram a lista de produtos importados no Brasil.
Ainda nas importações, destaque para produtos da indústria de transformação, que representam 3,7% e somaram US$ 6,92 milhões; polímeros de etileno (3,2% e US$ 6,068 milhões); produtos residuais de petróleo (2,6% e US$ 4,90 milhões); adubos e fertilizantes químicos (2,4% e US$ 4,55 milhões). Manivelas e engrenagens (1,6%), tecidos (1,4%) e polímeros de cloreto, medicamentos, bombas, centrífugas e compressores (1,3%), além de outros itens, fazem parte da lista de itens importados.
Singapura, Estados Unidos, Holanda, Espanha, Reino Unido e Gana são os principais mercados para onde vão os produtos potiguares. Mais da metade das exportações se concentra em Singapura (59%). Já as vendas para os EUA representam 12%, enquanto as exportações para a Holanda correspondem a 5% e a 4,2% para a Espanha. Reino Unido corresponde a 3,6% e Gana, a 2,4% do mercado que compra os produtos do RN.
No caso das importações, China (46%), Argentina (20%) e Estados Unidos (9,5%) são os países de onde o RN mais adquire itens. Espanha (5,1%), Uruguai (3,9%), Alemanha (1,9%), Índia (1,8%) e Itália (1,6%) também compõem o nicho de mercados que vendem seus produtos ao Rio Grande do Norte.
Da Tribuna do Norte
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