O Ministério da Saúde voltou a reforçar, nesta segunda-feira (6/04), a importância do isolamento social como estratégia de combate ao novo coronavírus. Durante entrevista coletiva, o secretário de vigilância sanitária da pasta, Wanderson Oliveira, afirmou que a tese de isolar só as pessoas dos grupos de risco só seria viável se não houvesse déficit de leitos e equipamentos no sistema de saúde.
“O distanciamento social não é para impedir a transmissão. Equivoca-se quem acha que seja para isso. No distanciamento social o paciente é o sistema de saúde, não é a pessoa”, disse. “Manter as pessoas em casa é fazer com que o sistema tenha condições de se preparar para os surtos”, completa Wanderson.
“A teoria do distanciamento social seletivo, em que eu abro o sistema para que populações jovens possam transitar, se infectar e criar com isso imunidade de rebanho, em teoria ela é razoável. Não tem problema do ponto de vista metodológico, desde que tivéssemos leitos, respiradores e equipamentos de proteção suficientes”, afirmou o secretário. “O único instrumento de controle existente, possível e disponível é o distanciamento social”, reforça.
A entrevista durou menos de 40 minutos e as autoridades só responderam a duas perguntas de jornalistas.
Da Redação / Nísia Digital - Com informações do Estadão Conteúdo