Por Agripino Junior – Do Nísia Digital
Com a proximidade do fim do ano, o setor de Informações Estatísticas e Análise Criminal (Coine) da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed) divulgou dados sobre os crimes de homicídio no Rio Grande do Norte, neste ano. O levantamento corresponde ao período de 1 de janeiro a 28 de dezembro de 2015.
Segundo os dados oficiais da secretaria, Nísia Floresta aparece como a 11ª cidade norte-rio-grandense em número totais de homicídios – totalizando 24 neste ano, tendo um aumento de 60% em comparação com 2014 – quando ocorreram 15, nas antigas terras de Papary.
Segue ranking das cidades do RN com mais crimes violentos, letais e intencionas:
1) Natal – 499
2) Mossoró – 162
3) Parnamirim – 134
4) Macaíba – 67
5) São Gonçalo do Amarante – 77
6) Ceará-mirim – 55
7) Caicó – 45
8) Extremoz – 33
9) Baraúna 29
10) São José de Mipibu – 28
11) Nísia Floresta – 24
Apesar de uma pequena redução desses crimes em cidades como Natal, Parnamirim, Macaíba e São José de Mipibu, outras cidades apresentam crescimento, como é o caso de Nísia Floresta, São Gonçalo do Amarante e Extremoz.
Os jovens seguem sendo o principal alvo da violência devastadora. No grupo que se encontra na faixa etária entre 19 e 24 anos foram registrados 483 assassinatos. Duzentos e trinta e três morreram quando tinham 16, 17 ou 18 anos. Ainda foram registradas 22 mortes entre adolescentes dos 12 os 15 anos.
Homem, jovem, pobre, negro ou pardo, segue sendo o principal perfil das vítimas desses crimes no Rio Grande do Norte. Neste ano que está prestes a terminar, os negros foram mortos quase duas vezes mais que os brancos. Somados, negros e pardos representam 82,71% das vítimas de homicídios – ou seja, oito em cada dez mortos.
Observe a lista por etnia:
Parda 816 (49,48%)
Negra 548 (33,23%)
Branca 278 (16,85%)
Ignorados 7 (0,44%)
Ainda segundo o levantamento da Sesed, no total, o Estado reduziu o número de homicídios, passando de 1762, em 2014, para 1649, em 2015 – uma redução de 6,4%. Um diminuição bem abaixo da esperada.
Segundo Ivênio Hermes, coordenador do Coine/RN, a identificação da etnia não se baseia exclusivamente em laudos disponibilizados pelo Instituto Técnico e Científico de Polícia (Itep/RN). Com o modelo de organização de informações em metadados, a confirmação de uma informação deve antes ser resultado de cruzamento entre, pelo menos, seis fonte diferentes, oficiais ou não.
Deixe um comentário