Por Agripino Junior, do Nísia Digital.
O assunto na imprensa não poderia ser outro: caos total na segurança pública. Desde a semana passada diversos motins vêm acontecendo em unidades prisionais do Rio Grande do Norte. Instalações das penitenciárias foram parcialmente destruídas durante a ação dos apenados. Entretanto, o movimento só atingiu diretamente à população nesta segunda-feira (16), com atentados à veículos.
Ao menos 10 veículos foram parcialmente ou totalmente destruídos pelas chamas. Na maioria dos casos, envolvendo ônibus, os criminosos adentravam nos veículos, portando armas, e obrigavam todos a desceram. Em seguida, jogavam gasolina e ateavam fogo. Muitos passageiros ficaram em estado de choque.
O terror fez com que as empresas de transporte ordenassem que os veículos fossem recolhidos às garagens, deixando muitos cidadãos em situação delicada para se locomover. Muitos tiveram que fretar táxis ou tentar conseguir uma carona.
A situação pode ter sido instaurada pelo crime organizado, de dentro das penitenciárias. Pelas redes sociais, surgem vídeos de supostos detentos falando que as ações são frutos de “não atendimentos de suas solicitações” e ainda dos momentos onde os mesmos depredavam a Penitenciária de Alcaçuz. A seguir, veja alguns dos registros amadores, que circulam na rede:
Se não bastasse todo a tensa, provocado pelos atentados, muitas pessoas contribuíram com o pânico espalhando boatos maldosos pelas redes sociais. Falaram sobre situações que não ocorreram, como incêndio em shopping, roubos de vários carros particulares, invasão à faculdade e homicídios,
Em virtude dos últimos acontecimentos, o Governo do Estado decretou Estado de Calamidade no sistema prisional. O Pode Executivo também solicitou, ao Governo Federal, apoio da Força Nacional. Os militares devem chegar ainda na manhã desta terça-feira (17). As autoridades também estão transferindo detentos, que participaram mais ativamente dos motins, para outros presídios – que não foram divulgados, por questão de segurança.
As redes sociais serviram ainda para relatos reais de nisiaflorestenses que estavam em Natal na noite passada. Eles falaram sobre o clima de tensão e medo, além da dificuldade de se locomover por meio de transporte público e até particular, em alguns pontos. Alguns desabafaram e pediram medidas concretas para conter a situação e que “não aguentam mais viver com medo da criminalidade”.
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