Por Redação, da Tribuna do Norte.
Após rebelião de presos do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Ceará-Mirim, na tarde de ontem (19), 45 presos foram transferidos para a Penitenciária Estadual de Alcaçuz. Os detentos atearam fogo e quebraram as dependências do CDP em cerca de três horas de motim que terminou com um agente penitenciário baleado. O agente ferido foi socorrido e levado ao Hospital Walfredo Gurgel e, até o fechamento desta edição, às 21h, não havia informações sobre o seu estado de saúde. Segundo a polícia, nenhum preso ficou ferido.
O conflito começou por volta das 15h de ontem. Os presos só foram contidos às 17h por policiais militares e agentes penitenciários. Sem nenhuma condição de continuar no CDP, todos os detidos foram retirados e transferidos, em carro-celas pelo Grupo de operações especiais (GOE) e o Grupo de Escolta Penal (GEP), ainda durante a noite para Alcaçuz, em Nísia Floresta.
Segundo o coordenador da Administração Penitenciária do Rio Grande do Norte, major Castelo Branco, “o motivo da rebelião só será divulgado após a abertura de um procedimento interno”. Para tanto, o diretor da unidade deverá, segundo ele, enviar ofício à Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc), com relato da situação.
Os 45 presos somente retornarão ao Centro de Detenção Provisória de Ceará-Mirim quando for normalizada a situação estrutural do prédio. A Sejuc ainda não decidiu quando serão iniciadas as reformas na unidade, mas os internos só podem permanecer até 30 dias em Alcaçuz. O CDP em Ceará-Mirim foi inaugurado no dia 1º de julho de 2011. De acordo com Castelo Branco, a unidade tem capacidade para abrigar 40 presos provisórios distribuídos em cinco celas. Atualmente, segundo o coordenador, há em média dez presos por cela.
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