Por Andrielle Mendes, para a Tribuna do Norte.
O Rio Grande do Norte registrou a terceira maior queda do país no rebanho bovino entre 2011 e 2012, em termos percentuais. A redução (18,1%), que foi menor apenas que as verificadas na Paraíba (28,6%) e em Pernambuco (24,2%), pode ser maior, já que as perdas de 2013 não foram contabilizadas. Os números fazem parte da pesquisa Municipal da Pecuária, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O IBGE não estimou o prejuízo financeiro ocasionado pela queda no número de bovinos no RN. Houve, no entanto, um prejuízo de R$ 15,4 milhões, considerando apenas a redução da produção de leite e mel no estado. Segundo a pesquisa, 45 mil vacas deixaram de ser ordenhadas e 45 milhões de litros de leite deixaram de ser produzidos no estado entre 2011 e 2012. A queda na produção de leite (18,6%) só foi menor que a da Paraíba (39,9%) e a de Pernambuco (36,1%), no país.
“A seca prolongada resultou na redução de muitos ‘plantéis’ (rebanho), sobretudo o de bovinos, causando impactos sobre a produção e produtividade de leite”, analisou o IBGE, no estudo.
A redução do rebanho no RN foi quase 18 vezes maior que a do país e quatro vezes maior que a do Nordeste no período. Nos últimos dois anos, 190 mil bovinos morreram ou foram vendidos para o abate, em função da seca, de um total de 1 milhão de cabeças no RN.
Segundo o IBGE, os produtores enfrentaram ainda aumento nos custos dos principais insumos de produção, como produtos veterinários, e dificuldades para comprar milho e soja – principais componentes das rações.
A situação em 2013, observa Tarcísio Bezerra, secretário de Agricultura do estado, não é muito diferente. O número de cabeças de gado e a produção de leite, segundo ele, deverão continuar caindo no estado, mas num ritmo menor. Ele estima mudanças só em 2014, quando voltar a chover.
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