Por Agripino Junior, do Nísia Digital.
A Câmara de Nísia Floresta realizou, na manhã desta segunda-feira, dia 30, uma audiência pública para mais uma vez debater a questão do transporte público da cidade. Junto ao presidente da casa, vereador Jorge Januário, e dos demais vereadores, estiveram representantes da secretaria municipal de transporte e viação, da empresa Barros, da empresa Campos, da associação de transportes alternativos e da procuradoria da Prefeitura Municipal.
A maioria das discussões giraram em torno da criação de novas linhas e extensão de já existentes e a competência para tal; o cumprimento dos horários, especialmente pelos alternativos; sobre a legalização de novos tipos de serviços de transporte para atuarem no município, e sobre as ações da secretaria municipal competente. O espaço destinado aos populares esteve repleto, principalmente pela presença de proprietários dos alternativos.
Os representantes das empresas Barros, que explora diversos pontos na cidade, e da Campos, que atua mais na região da “Rota do Sol”, frisaram que sempre há interesse em ampliar as linhas, mas desde que haja demanda de passageiros suficiente e uma melhor condição das estradas estaduais e municipais que cortam a cidade, o que atualmente não acontece. Ambos se mostraram abertos para diálogos futuros.
O secretário adjunto de transporte e viação de Nísia Floresta, Laércio Bezerra, e o vereador Eugênio Gondim elevaram a temperatura das discussões. Em alguns momentos, a discussão ganhou um tom muito pessoal, com algumas trocas de acusações. Depois das declarações de ambos, réplicas e tréplicas, não chegou-se à um consenso de quem estava com a razão. O vereador Marcelo Mesquita chegou a pedir bons modos.
Os vereadores Eugênio Gondim, Polyana Dias e Leila Emiliano questionaram a hipótese de que eles estariam contra aqueles que trabalham com os transportes alternativos. Eles negaram e ainda perguntaram em que eles estariam prejudicando aquela classe trabalhadora e não obtiveram nenhuma resposta. Os três parlamentares afirmaram que acima de tudo estaria o interesse da população que os procuram.
A procuradora da Prefeitura Municipal, Sanzia Cavalcante, tentou esfriar o clima dizendo que, para que a discussões fossem de fato produtivas, eles deveriam ser mais objetivas e de uma forma mais branda. Disse ainda que realmente um projeto de lei, vindo da Casa Legislativa, de autoria do vereador Eugênio, foi apreciado e posteriormente vetado pela prefeita Camila Ferreira. Sanzia disse que no tocante da área jurídica, bastava observar as leis para as questões serem resolvidas.
O presidente da associação dos transportes alternativos, o ex-vereador, Joca, afirmou que a classe trabalha com muitas dificuldades na cidade. Dizendo estar sempre aberto ao diálogo, ele frisou também que os associados não gostaram muito de ter sido colocado uma espécie de fiscal na rodoviária de Nísia, já que tem outros fiscais da associação e, segundo Joca, eles cumprem os horários corretamente.
Encerrando as discussões, Laércio pediu que ambas representações se programassem e sentassem novamente para debater com mais calma sobre as dificuldades ainda existentes no transporte público local, visando uma melhoria para os usuários, que no fim, são os grandes prejudicados em toda a história, sem deixar de lado o lado financeiro dos prestadores de serviços. Após o convite, o presidente Jorge, que tentou tocar a audiência da melhor maneira possível, deu por encerrada a reunião.
A Câmara Municipal de Nísia Floresta voltará a se reunir na próxima quarta-feira, dia 2 de outubro, quando será realizada mais uma seção ordinária.
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