Por Redação, da Tribuna do Norte.
A Lagoa do Bonfim é responsável pelo abastecimento de água potável de 30 municípios das regiões Agreste, Trairi e Potengi do Rio Grande do Norte, mas apesar de ter aumentado em mais de 70 centímetros o volume de água em relação a cota de abril deste ano – a mais baixa desde abril de 2011 -, o acúmulo de água ocorrido ao fim da temporada invernosa na Região Metropolitana de Natal (RMN) é inferior a quantidade de água a que chegou em agosto de 2011 e de 2012.
Com capacidade volumétrica de 84,27 milhões de metros cúbicos, a Lagoa de Bonfim está, hoje, com 64,59% do seu volume total ou R$ 54,43 milhões de m³, conforme levantamento da situação volumétrica feito na segunda-feira (26) pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos. No fim de agosto de 2012, Bonfim estava com 71% de sua capacidade.
A coordenadora estadual de Gestão de Recursos Hídricos, Joana D’Arc Freire de Medeiros, disse que a situação volumétrica da Lagoa do Bonfim, que está situada no município de Nísia Floresta, já não é tão preocupante quanto a de abril, quando o reservatório estava com 59,43% de sua capacidade. “A gente estava esperando o fim das chuvas, pois pode ser que que a lagoa continue recuperando o manancial”.
Joana D’Arc disse que ao contrário da Lagoa do Jiqui, em Parnamirim e da Lagoa de Extremoz, que são alimentadas por rio e por isso enchem com mais rapidez, a Lagoa do Bonfim é alimentada por águas subterrâneas, “que escorre no subsolo mais lentamente”. Por essa razão, Joana D’Arc Medeiros disse que a Semarh não trabalha com a hipótese de racionamento de água para consumo humano neste período de transição, a partir de setembro, quando começa o verão para a chamada região semiárida e até março ou abril, início da temporada invernosa.
No entanto, segundo ela, a orientação da Semarh é que a população passe economizar e consumir água “com muita parcimônia”, e somente na hipótese do manancial de água da Lagoa do Bonfim baixar em níveis preocupantes, é que se poderá destinar a água “só para consumo humano”. O racionamento de água, acrescentou, “é a última hipótese”. Ela confirmou que até novembro deve entrar em operação os 12 poços tubulares na área da comunidade do riacho Boca Cica, já próximo ao litoral de Nísia Floresta, que vão dar um reforço na Adutora Monsenhor Expedito Medeiros, que capta águas da Lagoa.
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