ÁREA PRÓXIMA À LAGOA DO CARCARÁ ESTÁ SENDO DESMATADA

Por Agripino Junior, do Nísia Digital.

395760_307445696053807_600973643_nNas últimas semanas uma área de proteção ambiental, segundo o IDEMA, está sendo alterada para a abertura de ruas para um loteamento que poderá ser construído nas proximidades da lagoa do Carcará, na cidade de Nísia Floresta. O loteamento será denominado “Minhoto IV – Lagoa do Carcará”, sendo de propriedade da empresa do ramo imobiliário Bastos Pintos, que diz ter uma autorização para tal, desde dos anos 80.

Algumas pessoas que se disseram proprietárias de terrenos na área e que detém escrituras que comprovam isso, procuraram o Nísia Digital para informar a situação. Segundo Jori Edmilson Plácido, um dos proprietários, todos estão revoltadas com a situação e dizem que a empresa não teria o direito de desmatar parte do território, já que seria uma área de preservação do meio ambiente. Segue algumas fotos que o grupo enviou ao ND:

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Existe um grande impasse nessa situação. Como consta em uma das placas colocadas pela imobiliária, a planta foi aprovada pela Prefeitura Municipal de Nísia Floresta no de 1982. É necessário saber se a área já era protegida por lei naquela época, para saber se a planta foi aprovada com o aval do IDEMA, ou não.

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Procurado por nossa redação, o secretário municipal de tributação, Gustavo Santos, disse que não há nada de ilegal no que compete ao executivo municipal. “Desde 82 existe uma documentação na prefeitura que aprova o referido loteamento e ela está à disposição de todos que queiram verificar. Aqueles que se sintam prejudicados deverão procurar a justiça e tentar resolver sua situação separadamente. Nossa parte foi feita dentro da lei”, afirmou o secretário.

É preciso apurar todas as responsabilidades do caso. Pelo visto, o impasse só deverá ter um fim na justiça. O que sabemos que pode demorar muito tempo. Quem tem a razão?

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4 respostas para “ÁREA PRÓXIMA À LAGOA DO CARCARÁ ESTÁ SENDO DESMATADA”

  1. Bismarck Sátiro

    Os reclamantes, são todos grilheiros que ocupam áreas ilegalmente e se dizem “donos”, Nenhum dos reclamantes tem documento de propriedade legal. Invadem terrenos dos outros e constroem ilegalmente, e até vendem parcelas de terrenos ilegalmente.

  2. Luis Carlos Freire

    Há poucos anos eu me surpreendi quando soube que a “Casa da Dinda” seria demolida. Confesso que cheguei a afirmar aos que me comunicaram que não era verdade, justamente devido a afronta á história e à memória do lugar. Casa da Dinda é a forma como os nisia-florestenses passaram a chamar uma assobradada residência situada defronte ao Ginásio de Esportes de Nísia Floresta. Procurei as partes interessadas e alertei sobre a importância da edificação achando que seria ouvido. Pouco tempo depois tudo veio abaixo num piscar de olhos. Quando eu soube era só alicerce. Confesso que senti um aperto no coração e asco dos que estavam a frente do poder. Pois a estupidez foi grande.
    Hoje, quando leio essa notícia passam filmes em minha memória. O segundo foi quando liderei um grupo, de forma respeitosa, onde fizemos uma movimentação defronte ao baobá. Um grito de socorro em nome da lagoa Papay. Passei quase andando com João do PT em todas as localidades onde existiam pescadores vitimados pelas consequências do esgoto de São José de Mipibu que ali escorre. Cada dia era uma reunião num local. No porto houve duas reuniões com muita gente. Em Oitizeiro houve participação maciça dos pescadores e interessados. Mas na data marcada para o protesto houve quem impedisse que os pescadores fossem prestigiar. Um evento que se esperava mais de 500 pessoas vieram umas 100 (somando-se comunidade e pescadores). A vice-prefeita à ocasião, participou quando estávamos mostrando a situação para o deputado Fernando Mineiro, próximo ao rio Mipibu. Ela alegou que foi metralhada por sucessivos telefonemas de raposas velhas pedindo que ela não fosse. O evento foi pequeno, mas foi feito com tudo o que tinha direito. Esse fato está registrado em meu blog para quem quiser rever.
    O papel do Nísia Digital é fundamental ao divulgar, mas são os moradores que devem se organizar e convocar as partes necessárias. Não é só quem mora às margens da lagoa carcará, mas todos, inclusive escolas, sindicatos, ongs, blogs etc. As leis da década de 80 estão ultrapassadas. Até porque à ocasião Nísia Floresta não era uma APA. Até um bebê sabe disso.
    Sugiro uma movimentação. É necessário procurar a Tribuna do Norte, a TV Cabugi etc. É importante que todos se sentem e elejam um representante, inclusive para redigir um documento e levar ao Ministério público de Nísia Floresta. Existe também, em Natal, a Promotoria do Meio Ambiente onde a denúncia também deve chegar. A comunidade deve se reunir e procurar a Câmara Municipal, mas sem aceitar engodos, afinal ali estão os representantes do povo, os quais foram eleitos para defender as causas cidadãs. Nísia Floresta é parte de uma APA (Área de Proteção Ambiental), a qual não pode sofrer degradação ambiental alguma. Essa autorização está caduca e precisa ser revista. Cabe ao povo decidir os destinos disso, pois, do contrário teremos novo depósito de esgoto em Nísia Floresta… O povo não pode ter mais uma película dessa em sua filmoteca.

  3. Luis Carlos Freire

    A sociedade precisa lançar um olhar de justiça para essa situação. Quando se classificam os cidadãos que estão revoltadas como “grilheiros”, é importante analisar situações nas quais algumas “autoridades” de Nísia Floresta também se apossaram de terras de praias. Muitas delas até construíram condomínios. Algumas já nem donas são. Já venderam para outros que repassaram para outros. Existem terrenos gigantescos em áreas de praia, em Nísia Floresta, onde “grilheiros autoridades” se proclamaram donos. Por que tratamento diferenciado para os pobres?
    Pobre é sinônimo de grilheiro?
    Será que todos são grilheiros?
    E as outras questões, como destruição do meio-ambiente em APA?
    Onde estão as autoridades de Nísia Floresta que não chamam todas as partes para um diálogo?
    Alguém já recorreu à Promotoria Pública?
    Alguém recorreu à Promotoria do Meio Ambiente, em Natal?
    Alguém procurou o Instituto Chico Mendes, em Nísia Floresta?
    Onde está o padre?
    Onde estão os pastores evangélicos?
    Onde estão os que se dizem vítimas?
    Estamos tratando de uma situação social?
    Instituições religiosas não podem pensar apenas em amém e aleluia.
    Há uma placa no local ironicamente informando “AREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL”.
    Nessa história tem algo esquisito!
    Justiça! Justiça! Justiça!

  4. clebson

    é amigos leitores vejo nesta situação a mesma ocorrida em búzios este ano e olhem que a situacão foi quase identica o fato é que criaram uma app em búzios exatamente na localidade da belavista e sem ver do que ja foram com o idema, policia ambiental, promotoria e na epoca teve mãe de familia que abortou com a pressão sofrida teve mãe que teve menino no meio da rua isso em um unico dia na epoca a quase 4 (anos) e exatamente no mês de abril deste ano chegou a esta mesma comunidade da belavista em búzios uma ordem judicial da comarca de nizia floresta dizendo que era para que fosse comprido pela cosern num prazo estipulado a retirada dos postes de energia porque no entender ali era uma APP(area proteção permanente) logo juntamos a comunidade e acionamos um advogado que entrou com um mandato de segurança e conseguimos e não vamos parar por ai porque lá onde é citado como APP é loteamento desde a decada de 80 como mostramos nos autos de defesa e até hoje a comunidade esta esperando a atenção da prefeitura que não teve o respeito com a comunidade nem em mandar um representante da mesma para cosolar ao menos aos que votaram na prefeita. fica ai um desabafo de um simples morador e eleitor da praia de búzios no municipio de nizia floresta indignado com os acontecimentos e fatos deste municipio maravilhoso de se viver. obs não sou de mandar recados eu mesmo falo.

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