Por Agripino Junior e Rejane de Souza, especial para o Nísia Digital
Fruto de um sonho idealizado pelo pároco de Nísia Floresta Padre João Batista, que foi administrador paroquial por 13 anos em nossa cidade, compartilhado pelo Padre Fábio Pinheiro Bezerra, atual Administrador Paroquial da Igreja Nossa Senhora Do Ó, e também um apaixonado pela cultura e pela história que envolve o município, a cidade ganhou um espaço dedicado à travessia das Irmãs Missionárias do Cristo Crucificado, que aportaram, aqui, nos anos 60.
O evento ocorreu durante as atividades de comemoração dos 50 anos da fraternidade, que teve como berço o distrito de Timbó. A casa tem como missão principal a conservação de bens móveis e imóveis de interesse na divulgação da memória coletiva, mediante fatos memoráveis da Igreja Católica no mundo. O ato de nomeação do espaço foi lavrado Arcebispo de Natal. Dom Jaime Vieira Rocha. Além da memória, a casa espera movimentar ações pastorais e culturais, tão carente na região.
O Pe. Fábio Pinheiro Bezerra, atual administrador da Paróquia de Nísia Floresta, falou da importância das irmãs missionárias na evangelização destas terras. “Certamente motivados pelo testemunho das Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado que com tanto esmero e maestria conduziram esta tão estimada paróquia de Nossa Senhora do Ó em Nísia Floresta/RN, os padres que por aqui passaram tiveram o zelo de conservar a memória evangelizadora e simultaneamente histórica da experiência da Irmãs Vigárias que teve pioneirismo especificamente na freguesia de Papary impulsionadas pelo zelo de pastor do venerável Dom Eugênio Cardeal Sales (in memoriam). O município tornou-se pioneiro na divulgação da Campanha da Fraternidade em 1963”, disse.
O Padre, natural de Santa Cruz, ainda afirmou o empenho de seus irmãos no sacerdócio, na reconstrução desse espaço. “Sou testemunha que na administração do Pe. José Lenilson nesta paróquia, desejoso de poder conservar a memória histórica da Irmãs vigárias e com o zelo do ex-pároco Pe. João Batista Chaves concedeu ao mesmo padre a incumbência de organizar mutirões para a reconstrução da casa que estava em estado de deteriorização com a colaboração de inúmeros paroquianos e amigos de sua conquista pessoal”, frisou.
O ambiente ainda não foi totalmente aberto ao público diante de alguns ajustes e a construção de um auditório que ficará paralelo à casa para organização de eventos culturais e religiosos. Mas já é possível visualizar o ambiente externo que conta com um acervo singular sobre as ações sociais, religiosas e culturais das Irmãs por esses caminhos de Papary.
Aguarde a segunda parte da matéria, que irá ao ar nos próximos dias.
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