Roberto Lucena, para a Tribuna do Norte.
A Polícia Militar registrou, por volta das 23h de ontem, um duplo homicídio na estrada que liga os municípios de Goianinha e Espírito Santo. Manoel Gomes Teixeira Neto, 20 anos, e José Costa de Lima Júnior, 21 anos, foram encontrados com perfurações de bala na cabeça no meio de uma plantação de cana-de-açúcar. O carro de uma das vítimas não foi encontrado. Segundo o Chefe de Operações do Interior, major Flávio, o crime tem características de execução. “Os autores do homicídio duplo evadiram-se do local e não foram encontrados. Existe a possibilidade de ter sido uma execução”, falou.
Os corpos dos rapazes foram levados para o Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep) e, até o momento, não foram liberados. Manoel Gomes era filho do vereador em Espírito Santo, Wober de Souza Teixeira (DEM). A mãe da vítima, a dona de casa Marilene Nascimento de Carvalho Teixeira, está no Itep aguardando os procedimentos para liberação do corpo. José Costa é filho de um policial militar aposentado.
Marilene contou que o filho era estudante de Matemática na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e não tinha inimigos. “Era um menino muito bom, sem vícios”, esclareceu. Ela explicou ainda que a família suspeita que o crime foi um latrocínio com a participação de duas mulheres desconhecidas. Segundo Marilene, ontem à noite, Manoel e José Costa estavam bebendo em um bar localizado em Espírito Santo quando as mulheres chegaram de moto. “Era uma loira e uma morena. Ninguém conhecia essas mulheres”.
O motivo para a desconfiança da participação da dupla no homicídio é o fato de algumas pessoas afirmarem ter visto as mulheres próximas ao local onde os corpos foram encontrados. “Um pessoal passou e por lá e disse que viu as duas. É muito estranho que isso tenha acontecido”, contou Marilene.
O vereador Wober Teixeira e a própria Marilene também estiveram no bar na companhia do filho, mas foram para casa mais cedo. “Ele ficou com essas duas moças e o colega José Costa”, explicou Marilene. O carro de Manoel Gomes – um Fiat Uno, cor vinho, placas de Várzea com final 2452 – está desaparecido. “Acredito que foram essas mulheres que levaram o carro e mataram meu filho”, disse.
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