Por Josué Freitas Campos, professor.
Não é tarefa das mais fáceis fazer uma definição do que seja um PAI, principalmente se você sair da visão puramente biológica e da formação familiar, pois a sociedade analisa muito mais por essa visão do que pelo lado humanitário. Na visão biológica, é aquele que gera. Esta definição serve para todos os seres: racionais e irracionais. Na visão familiar, aparece a questão da criação, da responsabilidade, do preconceito e de exigências sociais e hierárquicas.
No entanto, o verdadeiro papel de um PAI é de uma abrangência muito maior, principalmente se avaliarmos a questão humanitária. Muitas vezes o filho recebe conselhos e orientações, mas não recebe o exemplo, ou seja, entra na falsa premissa do “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. O PAI, para ser verdadeiramente PAI, deve dar o exemplo, mesmo que não saiba explicar o como fazer. Ele é um modelo a ser seguido em que manual nenhum ou discurso vazio possa explicar as regras ou as receitas que devem ser seguidas.
O verdadeiro PAI muitas vezes é questionado pelas atitudes do filho. Imagina estar sempre com a razão, mas falta paciência e reflexão para reavaliar e discutir com o filho a questão. Muitas vezes, o autoritarismo afasta o diálogo, que é o caminho mais seguro para as decisões em comum. Não estamos colocando, aqui, a questão do certo ou do errado, pois essa visão é ultrapassada numa conversa entre pai e filho. O que defendemos é o diálogo que mostra os caminhos a seguir, com pedras, flores, espinhos, mas sempre será um caminho.
O amor entre PAI e filho não tem limites, embora a exteriorização através de atitudes e comportamentos seja uma forma de avaliar, mas nunca haverá uma medição perfeita. O carinho e a briga parecem medidas extremas de medição do relacionamento, mas são formas externas de comportamento que podem, ou não, expressar a verdade do homem e suas atitudes, mas nunca será uma definição do amor entre seres humanos.
Ser verdadeiramente um PAI é mostrar, inclusive com exemplos pessoais, que os obstáculos podem ser ultrapassados e que a coragem para conseguir é individual e coletiva, desde que seja de mãos dadas, pois estão dentro de cada um os objetivos que serão alcançados.
Portanto, ser verdadeiramente um PAI é ver que seu filho toma suas próprias decisões e estão dentro dos princípios educacionais, religiosos e humanitários que a vida em comunidade exige entre seres humanos.
Enfim, tendo como princípio DEUS, o Senhor do Universo, no exemplo de Jesus Cristo, o papel de PAI ganha uma magnitude que nenhuma regra social poderá descrever, mas que a vida em comum e baseada nesses princípios mostrará apenas resultados positivos. Para tanto, a mão deve estar sempre estendida, por ambas as partes, pois o processo da relação entre PAI e filho é caminho de mão dupla, na qual o desrespeito às exigências do caminhar em frente pode encerrar uma viagem que garantiria a boa passagem para o futuro.
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