Por Agripino Junior, do Nísia Digital.
Os moradores da comunidade de Primavera, em Nísia Floresta, vivenciaram uma madrugada de pânico. Aproximadamente 23h30 da terça-feira (10), um carro passou em alta velocidade por uma das principais estradas do bairro. Essa rapidez do veículo deixou as pessoas desconfiadas. Em seguida, às 12h20, o povo escutou uma voz que surgia de lugar distante, pedindo socorro. O tempo ia passando, e os gritos ficavam cada vez mais próximos e desesperadores. O pedido de socorro era de um homem. O mesmo chegou bem próximo às casas e chamou pelos moradores, pedindo proteção.
Mesmo amedrontada e desconfiada, uma família decidiu abrir as portas de sua casa para verificar o que estava acontecendo. Ao ver o homem com as mãos amarradas e aterrorizado, prontamente prestaram-lhe socorro.
A vítima era o empresário da rede de supermercados “Bom dia”, Geraldo Etelvino de Medeiros Junior. Ele contou à família que lhe socorreu, que se encontrava em Natal indo à uma festa de aniversário de um amigo, quando foi abordado por quatro homens fortemente armados. Os marginais anunciaram o assalto e entraram no veículo, porém o levaram como refém.
Em constante ameaça, Geraldo foi mantido, durante todo o percurso, com a cabeça baixa, todavia conseguiu perceber que estavam chegando a uma região entre um canavial e uma mata. Ele reconheceu que era em Nísia Floresta, pois alguns parentes e amigos têm residências em algumas lagoas do município.
O momento de eminente perigo foi quando os criminosos pararam o carro próximo a um canavial e tiraram a vítima do veículo. Naquele instante, o empresário pensou que perderia a sua vida. No entanto, os homens vasculharam todo o carro, jogaram muitos pertences da vítima próximos ao local e guardavam os objetos de valor e cerca de 200 reais em dinheiro. Eles amarraram os pés e as mãos de Geraldo Etelvino e o abandonaram no local.
Assim que socorreram a vítima, os moradores de Primavera ligaram para a polícia de Nísia Floresta, que só chegou por volta das 1h40. A polícia de Parnamirim já tinha sido acionada pela família do empresário, que acreditava ter sido um sequestro relâmpago.
Aliviado, Geraldo voltou à casa da família que o socorreu e demonstrou sua grande gratidão. “Jamais irei esquecer o que essa família fez por mim. Estejam certos de que vocês ganharam um grande amigo”, disse o empresário.
O carro foi encontrado um dia depois com marcas de arranhões e alguns amassados. A Polícia ainda não tem pista do paradeiro dos homens que cometeram o crime.
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