Por Rejane de Souza, para o Nísia Digital.
Hoje minha primeira ação foi a de regar o jardim: não se trata de um ato mecânico, mas de reflexão e saudade, pois tal atividade, minha mãe realizava como uma espécie de ritual matutino! E, assim como as rosas e pétalas, ela aparentava-se tão frágil. Todavia, era forte como caule dessas plantas. Demorei um tempo nesta atividade de regar o jardim. Analisando, em silêncio, cada uma delas, enquanto a água lhe alimentava. E senti que algumas estavam tranquilas, serenas. De vez em quando, a leve corrente de vento provocava balanço nas rosas e nas folhas.
No entanto, percebi, nesse ato, que as rosas do jardim queriam transmitir uma mensagem para mim. Tal percepção, pela primeira vez, após quase seis meses de ausência materna, redimensionou o meu sentimento de saudade: a dor, quase física de antes, se transformou em um sentir melancólico.
Em meio a esse sentimento, uma sensação de proteção materna alimentou meu espírito. E me senti acolhida por uma compreensão metafísica de que e minha mãe falava em silêncio, no meu inconsciente de que não me preocupasse, pois ela estava vendo minhas veredas, de dor e desafios, porém, sempre estava por perto a me proteger e confortar. E, assim, finalizei a ação de cuidar do jardim, estranhamente tranqüila por me ser fortalecida pela mão de DEUS e pela presença forte e amorosa de minha mãe!
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