Por Rejane de Souza, para o Nísia Digital.
Quatro anos se passaram, as promessas das campanhas já esquecidas, ressurgem das cinzas, pois é preciso, novamente, usar a arte do simulacro para persuadir as pessoas ingênuas, que sem uma educação formal necessária para saber diferenciar o joio do trigo, se iludem com as ideias dos postulantes a algum cargo político. E a profusão de velhos clichês (educação, segurança, saúde, moradia, empregos) toma conta dos bares, das esquinas, das calçadas, dos grupos fechados e, agora, da Internet. E, dessa forma, é montado “novo” cenário: Candidatos de extrema direita se transformam, em um passe de mágica, em centro-esquerda, pois é importante criar no imaginário do povo de que eles são aliados do governo federal, pois, hoje, estar desse lado agrega confiança e voto.
O mais curioso desse movimento são os nomes cogitados para representar o povo ou certa comunidade: vai-se de um extremo a outro. Ou trata-se de uma pessoa simples, popular da região, mas perfeitamente manipulável pelos mais espertos na matéria; ou de um grande latifundiário ou empresário, que nem de longe, tem perfil de líder onde reside ou em outro lugar qualquer, no entanto, a postulação é pertinente aos seus interesses econômicos. Essa realidade no Brasil já se configura uma constante em períodos de eleições. Mesmo com o investimento que se tem realizado na educação, com regras mais rígidas estabelecidas pelo TRE, os pretensos candidatos sempre conseguem burlar a lei, e a técnica de compra de votos se aperfeiçoa a cada eleição. Alimentada por essa cultura, a população mais desfavorecida não consegue compreender o mal que pratica a si própria, quando se deixa enganar pelos discursos falaciosos de certos candidatos. Esse mal se torna presente logo após as eleições, pois os candidatos desaparecem e as promessas não são cumpridas. E essa parcela da população amarga por anos a falta de serviços básicos para sua comunidade, pois a falta de iluminação, educação, segurança e saúde são, atualmente, os problemas mais graves que as comunidades interioranas enfrentam. O voto pode representar uma grande arma em benefício do povo, mas se este souber usá-la.
Daqui a pouco, os lares das pessoas estarão sendo invadidos pelos perfis mais diversificados de postulantes a cargo político, pessoas que passavam por você e nem lhe oferecia sequer um bom dia, agora vai apertar sua mão, bater em suas costas, tomar um café em sua simples casa. E prometer o céu, as estrelas, ou seja, o possível e impossível. Nessa hora, é bom analisar e trazer à memória os quatros anos passados, buscar informações importantes sobre o candidato, tipo quais os serviços sociais por ele prestados e qual a identidade que o mesmo tem com a comunidade onde vive. Além disso, é sempre bom relembrar o slogan: VOTO NÃO TEM PREÇO TEM CONSEQUÊNCIA!
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